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Tóquio 2021
Pira olímpica é acesa e Jogos de Tóquio estão abertos oficialmente
Breno Barros/ rededoesporte.gov.br
São 20h de 23 de julho no Estádio Olímpico de Tóquio. Ao redor do planeta, milhões de pessoas acompanham, pela televisão, um momento que outros milhões duvidaram que viesse a se tornar realidade. Com um grande vazio no espaço que deveria estar preenchido por quase 70 mil fãs do esporte, imagens no telão, ao som de uma música potente, relembram a caminhada de Tóquio desde 2013, quando foi escolhida cidade-sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A cronologia segue até o ano-novo de 2020, que deveria ter sido o início de uma festa, mas que, por força da pandemia, alterou o curso da história na capital japonesa e ao redor do globo. A tela escurece e a imagem seguinte mostra Tóquio com as ruas vazias. Na sequência, atletas treinam solitariamente em isolamento. Então, uma contagem regressiva tem início, seguida de fogos de artifício no Estádio Olímpico.
Foi emblemático e cheio de mensagens especiais para a humanidade refletir. Sobretudo nesse momento em que precisamos cada vez mais de união, de empatia, de cooperação e de solidariedade. Foi uma honra representar o Governo Brasileiro nesta cerimônia de abertura e acompanhar o desfile de nossa delegação e das demais 205 nações participantes”
João Roma, ministro da Cidadania
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, sem público, buscou uma mensagem de esperança para o mundo e uma homenagem aos que perderam a batalha contra o novo coronavírus. O evento foi marcado por momentos que evocaram a tradição milenar do Japão e sua cultura, por uma homenagem ao economista e ativista social ganhador do prêmio Nobel da Paz, professor Muhammad Yunus, de Bangladesh, por seu trabalho em prol do desenvolvimento do esporte, e por um desfile das delegações com menos atletas que o habitual. O Brasil entrou no estádio como a 151ª delegação a desfilar.
A delegação nacional, com 302 atletas, é a maior da história do país em edições de Jogos Olímpicos realizadas no exterior, mas apenas quatro representantes participaram do desfile. Bruno Rezende, campeão olímpico com o vôlei em 2016, e Ketleyn Quadros, primeira mulher medalhista individual do Brasil, em Pequim 2008, no judô, levaram a bandeira.
“Curti cada momento, cada detalhe dessa experiência. O coração bateu mais forte, esse instante parecia que não ia chegar nunca. Desfilamos com muita alegria, transbordando energia positiva e com o coração na mão”, disse Ketleyn, bronze em Pequim 2008.
O Brasil tem o 12ª maior time entre os 206 países participantes. A equipe é composta por 162 homens (53,5%) e 140 mulheres (46,5%). Eles competirão em 35 modalidades (de 50 possíveis).
Na tribuna especial reservada às autoridades, o ministro da Cidadania, João Roma, representou o governo federal e destacou a importância simbólica do evento. “Foi emblemático e cheio de mensagens especiais para a humanidade refletir”, resumiu João Roma. “Sobretudo nesse momento em que precisamos cada vez mais de união, de empatia, de cooperação e de solidariedade. Foi uma honra representar o Governo Brasileiro nesta cerimônia de abertura e acompanhar o desfile de nossa delegação e das demais 205 nações participantes”, completou o ministro.
Foto: Rodolfo Vilela/ rededoesporte.gov.br |
Globo de drones e pira olímpica
A cerimônia de abertura teve vários momentos significativos. Dois deles, em especial, emocionaram quem pôde acompanhar a festa no estádio. O primeiro foi quando centenas de drones se reuniram no céu acima da arena e formaram o globo terrestre ao som de Imagine, do eterno Beatle John Lennon. O segundo foi a entrada da tocha olímpica e o acendimento da pira pelas mãos da tenista japonesa Naomi Osaka, que foi seguida por queima de fogos para marcar o fim da cerimônia.
A partir deste sábado (24.07), o Brasil já passa a ter chances de subir ao pódio em Tóquio. Um dos cotados é Felipe Wu, do tiro esportivo, único atleta do país na modalidade nestes Jogos. Ele tenta chegar no Japão à segunda medalha seguida nas Olimpíadas, após a prata conquistada no Rio 2016. Felipe compete a partir de 1h da manhã, no horário de Brasília.
“É bem difícil definir quem são os melhores porque muita gente está sem competir em função da pandemia. Quem já conquistou a vaga há muito tempo está desde então sem participar de competição e sem viajar. Então, é difícil a gente definir qual atleta tem melhor chance ou não. Mas temos equipes fortes, como sempre, como Índia, China, Coreia e o próprio Japão, que a gente não sabe como está. Este ano está bem difícil para ter qualquer previsão”, avaliou Wu.
Os esportes que mais trouxeram medalhas para o Brasil na história dos Jogos são o judô (22), vela (18) e atletismo (16). No Japão, juntam-se a eles e aos outros esportes tradicionalmente representados as novas modalidades do programa olímpico: surfe e skate.
Neste sábado, além de Wu, o Brasil estreia em 10 modalidades e terá em ação nomes como Alison e Ágatha, medalhistas olímpicos do vôlei de praia, e Nathalie Moelhausen, da esgrima, além do vôlei masculino, ouro no Rio 2016.
Foto: Rodolfo Vilela/ rededoesporte.gov.br |
Investimento consistente
No grupo de 302 esportistas da delegação nacional, 242 (80%) recebem um suporte financeiro conquistado por mérito esportivo para ajudar a garantir que treinos, equipamentos, viagens e competições sejam priorizados. Trata-se do Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Em 19 das 35 modalidades com presença brasileira, 100% dos atletas são contemplados pelo programa.
Dezoito campeões
A delegação nacional soma 31 medalhistas olímpicos, 18 deles campeões: Arthur Zanetti, da ginástica artística; Thiago Braz, do atletismo; Rodrigo Pessoa, do hipismo saltos; Kahena Kunze, Martine Grael e Robert Scheidt, da vela; Bruninho, Douglas Souza, Fernanda Garay, Lucão, Lucarelli, Maurício Borges, Maurício Souza, Natália, Tandara e Wallace, do vôlei; e Alison e Bruno Schmidt, do vôlei de praia.
Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania