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Paradesporto Escolar
Ministro da Cidadania constata efeitos da nova fase do esporte de base nas Paralimpíadas Escolares
O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, realizou nesta sexta-feira (25.11) uma visita técnica ao Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo. O espaço, principal legado de infraestrutura esportiva para os esportes adaptados dos Jogos Rio 2016, é a sede das Paralimpíadas Escolares 2022. Até esta sexta-feira, 1,3 mil estudantes de 11 a 17 anos, de 26 Unidades Federativas, estão na capital paulista para a disputa de 14 modalidades.
É um torneio com uma aula de organização e gestão. O CPB tem uma estrutura muito bem cuidada e, acima de tudo, há todo um cuidado com as pessoas. Ouvi de uma mãe que estava aqui trazendo sua filha para competir no badminton que essa competição estava sendo acolhedora, para ela e para tantos outros atletas de norte a sul do país”
Ronaldo Bento, ministro da Cidadania
No percurso, o ministro foi acompanhado pelo presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado. Eles acompanharam disputas do vôlei sentado, do badminton e do basquete em cadeira de rodas. Passaram pela área de disputa do futebol de cegos, conferiram a fase final masculina do halterofilismo, modalidade que estreou nesta edição do evento, visitaram a área do goalball e passaram pela competição de tênis de mesa e de tênis em cadeira de rodas.
No caminho, conversas com atletas, familiares das crianças e adolescentes que estão competindo, técnicos, dirigentes e gestores. “É um torneio com uma aula de organização e gestão. O CPB tem uma estrutura muito bem cuidada e, acima de tudo, há todo um cuidado com as pessoas”, afirmou o ministro. “Ouvi de uma mãe que estava aqui trazendo sua filha para competir no badminton que essa competição estava sendo acolhedora, para ela e para tantos outros atletas de norte a sul do país”, completou.
Em meio à caminhada, o ministro conheceu a adolescente Maria Cecília da Silva Fernandes, de 17 anos. A atleta potiguar conquistou três medalhas de ouro no atletismo, no lançamento de disco e de dardo e no arremesso de peso. “Conviver com todas essas pessoas nos fortalece. A gente aprende e ensina ao mesmo tempo. Mostra que a gente pode alcançar tudo o que a gente quiser”, afirmou a atleta que treina no município de Currais Novos.
Ronaldo Bento também esteve ao lado de Paulo Salmin, destaque da seleção brasileira adulta de tênis de mesa paralímpico. O atleta foi ao Centro de Treinamento nesta sexta para falar rapidamente com as crianças e adolescentes que estão começando na modalidade. Neste ano, Salmin chegou ao auge de sua carreira, ao conquistar o ouro em duplas, ao lado de Bruna Alexandre, e o bronze no individual no Campeonato Mundial disputado na Espanha.
As etapas regionais qualificaram ainda mais a etapa nacional. O número recorde de participantes é motivo de alegria, porque a gente pode ver crianças do Brasil inteiro competindo com muita qualidade, num nível altíssimo”
Mizael Conrado, presidente do CPB
“Eu e a Bruna, há dez anos, estávamos jogando as Escolares, né? Acompanhar a molecada aqui e ver que o negócio está acontecendo é importante. O esporte paralímpico depende disso. Poder falar das nossas conquistas para eles talvez seja o combustível para que muitos deles nos substituam lá na frente”, disse Salmin.
Para Mizael Conrado, as Paralimpíadas Escolares atingiram um grau de maturidade extra em 2022. Pela primeira vez, houve três seletivas regionais, em Brasília (DF), Natal (RN) e São Paulo (SP). Elas serviram para qualificar atletas de atletismo, natação e bocha para a etapa nacional.
“As etapas regionais qualificaram ainda mais a etapa nacional. O número recorde de participantes é motivo de alegria, porque a gente pode ver crianças do Brasil inteiro competindo com muita qualidade, num nível altíssimo”, disse.
Assinatura para consolidação de um Centro de Referência Paralímpico em Jaú (SP). Foto: Ricardo Valarini/ Min. Cidadania |
Centro de Referência
Ronaldo Bento e Mizael Conrado participaram também da assinatura de entrega do vigésimo nono Centro de Referência Paralímpico, desta vez na cidade de Jaú (SP), ao lado do vereador Rinaldo Luchesi, do município paulista. Essas estruturas ajudam a dar capilaridade à prática esportiva paralímpica com qualidade nos estados e municípios.
“O propósito é esse. É a gente trazer o esporte como ferramenta de inclusão e transformação social. Para além das medalhas, é o que o esporte nos traz em termos de atributos, de valores que ensina, como superação e espírito de equipe”, afirmou Ronaldo Bento.
Três vertentes
Na edição de 2022, o Governo Federal está mais diretamente presente em três vertentes das Paralimpíadas Escolares. Os medalhistas se tornam elegíveis ao Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte voltado para o alto rendimento.
Além disso, para os meninos e meninas que vêm de famílias em condição de vulnerabilidade que recebem o Auxílio Brasil, estar na fase nacional das Paralimpíadas Escolares já garante a eles o acesso ao Auxílio Esporte Escolar.
Um dos benefícios complementares do programa permanente de transferência de renda do Governo Federal, o Auxílio Esporte Escolar garante 12 parcelas de R$ 100 para o atleta e uma parcela de R$ 1.000 para a família. O pagamento é voltado para estudantes que se destacam em competições oficiais do Sistema dos Jogos Escolares Brasileiros.
Uma outra face de investimento é um Termo de Fomento estabelecido entre a Secretaria Nacional de Paradesporto e o o CPB, no valor de R$ 1,7 milhão, que garantiu a hospedagem em acomodações acessíveis para 1.704 participantes do evento, entre estudantes-atletas e oficiais de delegação.
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania