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Mestre FIDE de xadrez se despede dos Jogos Escolares com medalha de ouro
Foto: Washington Alves/Exemplus/COB
O olhar concentrado, as anotações das jogadas no papel e os movimentos que desarmam qualquer adversário mostram que Guilherme Borba não é qualquer jogador de xadrez. Com 17 anos, o jovem de Blumenau, Santa Catarina, experimentou na edição dos Jogos Escolares da Juventude, em Natal (RN), ser tietado por colegas e adversários pelos corredores do Centro de Convenções. Guilherme disputou os Jogos com um dos títulos mais cobiçados do esporte: de Mestre FIDE (Federação Internacional de Xadrez).
O selo é concedido aos jogadores que atingem 2.300 pontos no ranking da federação internacional. Guilherme alcançou a pontuação neste ano. O jovem que estuda no Colégio Bom Jesus de Santo Antônio conquistou o título nacional do Campeonato Brasileiro Sub-20. Na oportunidade, empatou duas e venceu quatro partidas, o que garantiu ótima somatória de pontos no ranking internacional. Ao todo, o xadrez possui quatro titulações: Candidato a Mestre, Mestre FIDE, Mestre Internacional e Grande Mestre.
Com tantos holofotes no seu jogo, Guilherme soube administrar a pressão e conquistou a medalha de ouro na sua última participação em Jogos Escolares da Juventude. "Quando o jogador atinge um certo patamar no ranking internacional recebe o título de Mestre FIDE. Enfrentei grandes adversários durante o Brasileiro Sub-20 o que garantiu uma grande somatória de pontos. Assim, aumentou muito a pressão para conquistar o título aqui nos Jogos Escolares, porque as pessoas me olham como referência. Gosto de fazer o meu melhor e servir de inspiração para os menores que estão vindo", disse Guilherme.
O xadrez entrou na vida de Guilherme quando ele tinha 8 anos. No início, a proposta dos pais era de melhorar a concentração e o rendimento escolar do garoto. Com o passar do tempo, Guilherme foi se apaixonando pelo esporte e não parou mais.
"Desde quando era criança eu jogo. Comecei jogando nos torneios municipais nos circuitos escolares. Eu nunca fui de elite. Eu sempre quis ficar em primeiro lugar, mas não era bom. Aí, comecei a treinar e fui crescendo aos poucos, treinando sozinho em casa. Foi bem difícil no começo, pois eu perdia bastante e só depois os resultados começaram a melhorar. Hoje, estou feliz porque já tenho seis títulos de campeonatos brasileiros na carreira. Eu sou apaixonado desde que comecei a jogar, eu adoro e treino por prazer mesmo. Treino porque gosto e pretendo jogar pelo resto da minha vida", conta.
Breno Barros, de Natal
Ascom – Ministério do Esporte