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Meninas do tênis de mesa conquistam primeiro ouro do Brasil nos Jogos Sul-Americanos Escolares Arequipa
O Brasil conquistou, nesta terça-feira (4.12), no Peru, a primeira medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos Escolares Arequipa 2018. Wanessa Su Wu e Melissa Yuri Arakaki foram campeãs no tênis de mesa por equipe ao derrotarem as atletas donas da casa por 3 sets a 1. No masculino, Joon Shim e Luigi Yamane ficaram com a prata, após perderem para os donos da casa, também por 3 a 1. A equipe masculina e feminina voltam a competir nesta quarta-feira (5.12) nas categorias individuais.
O caminho percorrido pelo Brasil até a medalha de ouro demonstrou a qualidade dos atletas que disputam esse Sul-Americano. As finais por equipe funcionam assim: dois atletas de cada país jogam dois jogos individuais, seguido por um de dupla e, por fim, mais um individual. Quem marcar três vitórias, vence.
Para Márcio Aragão, técnico da equipe feminina de tênis de mesa, é uma honra participar de um Sul-Americano com um nível tão alto. "A equipe do Peru tem uma atleta de seleção, muito forte. Entramos com muita garra e nos envolvemos muito tecnicamente para essa vitória. Graças a Deus, nos sagramos campeões”, disse.
Aragão comentou ainda a importância para os jovens participarem de competições como essa. “É um sonho que se torna realidade. Ser melhor do estado é muito bom, ser melhor do país é muito bom também, mas quando se ganha o Sul-Americano e prova que seu país é o melhor escolar da América do Sul, é uma conquista ímpar”, comemorou.
Prazer em conhecer
Wanessa Su Wu e Melissa Yuri Arakaki são as duas atletas do Brasil no tênis de mesa. Wanessa é do Rio e Melissa, de São Paulo. Apesar de demonstrarem ótimo um entrosamento no jogo de duplas, elas revelaram um detalhe na preparação da dupla. “Eu vi a Melissa pela primeira vez nessa viagem. Nunca tinha jogado com ela”, explicou. A sintonia deu a medalha de ouro para o Brasil. Além do jogo de duplas, Wanessa ganhou os dois jogos que disputou e Melissa perdeu a sua rodada.
Wanessa começou fazendo tênis de mesa com o pai. “E eu jogava fora da escola, até entrar para o Colégio Santa Mônica, do Rio de Janeiro, quando tive a oportunidade de vir para os Jogos Escolares no ano passado e neste ano”, lembrou. "Estar em um campeonato internacional é muito bom”.
Já Melissa, conta que teve contato com as raquetes na casa de parentes. Dali, percebeu que gostava da modalidade. "Um dia, eu estava brincando de ping-pong na casa da minha tia e gostei. Daí eu vi que tinha na escola o tênis de mesa e comecei a ir”, detalhou. “Eu vi que levava jeito e que podia chegar um pouco mais longe”.
Anos depois, ela ressaltou a medalha de ouro em sua primeira viagem como atleta. "É muito importante, porque é a primeira vez que viajo para competir internacionalmente e eu consegui fazer tudo o que eu treino”, disse.
Prata no masculino
No masculino, Joon Shim e Luigi Yamane fizeram uma boa primeira fase, ganhando todos os jogos por 3 x 0. Na semifinal, venceram o Equador, que tem um estilo mais defensivo de jogo, por 3 x 1.
“Já sabíamos que a final ia ser difícil, porque o Peru tem um jogador muito forte, o Carlos Fernandez, o Nano”, explicou Jiro William Kumagai, técnico da equipe masculina de tênis de mesa nos Jogos Sul-Americanos. "Mesmo assim, fizemos um bom jogo. O momento crucial foi quando perdemos nas duplas. Foi nos detalhes”, analisou.
Kumagai se disse satisfeito com o desempenho da equipe e com a postura que os atletas tiveram durante o torneio. "Fico feliz com a rápida adaptação dos meninos, que estavam tendo uma certa dificuldade para jogar na altitude. Eles fizeram um bom campeonato”.
Rafael Brais, de Arequipa, no Peru
Ministério do Esporte