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Lars Grael traça panorama histórico das políticas públicas do esporte em palestra na Secretaria Especial do Esporte
Uma viagem no tempo a partir de alguns dos principais marcos históricos do esporte e da gestão esportiva entre 1988 e 2019. Foi essa a proposta de uma palestra ministrada pelo medalhista olímpico e campeão mundial de vela Lars Grael. Batizada de Linha do Tempo do Esporte – Uma análise dos acontecimentos, o evento foi realizado nesta quinta-feira (13.06) no auditório da sede da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, em Brasília.
Bronze na Classe Tornado nos Jogos Olímpicos de Seul (1988) e Atlanta (1996) e campeão mundial da Snipe (1983) e da Star (2015), Lars é um personagem que extrapolou os limites do esporte de alto rendimento. Tornou-se gestor e figura ativa nas discussões em torno de políticas esportivas.
“Essa é minha tentativa de trazer uma memória recente do esporte nacional. Quantas vezes tivemos gestores que tentaram lançar programas que já existiram, ideias que já deram errado e inovações que já aconteceram antes? Então, acho importante a gente entender o fio da meada”, afirmou Lars, que já ocupou o cargo de secretário Nacional de Esportes do então Ministério do Esporte e do Turismo, em 1998, e o comando da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer no Governo de São Paulo. Atualmente, ele integra a Comissão Nacional de Atletas (CNA).
O evento foi acompanhado pelo secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, pelo Secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Washington Cerqueira, e pelo Secretário Nacional de Futebol, Ronaldo Lima, além de funcionários de vários setores da pasta.
O ex-atleta aproveitou a apresentação para fazer uma viagem até 1988. Naquele ano, foi aprovada a versão atual da Constituição Federal Brasileira e, em sua fala, o medalhista olímpico ressaltou o Artigo 217, “o único que trata do esporte em nossa Constituição”.
A partir daí, Lars viajou ano a ano até 2019, apresentando detalhes da evolução do esporte nacional, tanto no que diz respeito a conquistas em Jogos Olímpicos e Paralímpicos, quanto em avanços na política esportiva. Entre os pontos estratégicos dos 31 anos analisados por Lars, alguns merecem ser ressaltados:
- 1993 – Aprovação da Lei 8.672 (Lei Zico)
- 1998 – Aprovação da Lei Geral dos Esportes – Lei 9.615 (Lei Pelé)
- 1999 – Criação do Ministério do Esporte e Turismo
- 2001 – Aprovação da Lei Agnelo-Piva
- 2002 – Criação do Programa Forças no Esporte
- 2003 – Criação do Ministério do Esporte
- 2004 – Aprovação da Lei 10.891, que institui o Bolsa-Atleta
- 2007 – Aprovação da Lei de Incentivo do Esporte – Lei 11.438/2006
- 2011 – Criação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD)
“Nós temos uma vontade de que o esporte tenha um protagonismo maior na sociedade, que possa atuar mais ativamente nas políticas públicas de educação, de saúde, de meio ambiente, de segurança, ou seja, é um papel importante o que nós temos”, prosseguiu Lars, que não avalia que a perda do status de ministério significa perda de valor político. “Eu não entendo que o esporte tinha sido rebaixado. Se temos um bom gestor, um bom secretariado e bons servidores, a união de vocês pode fazer dar certo esse trabalho final”, destacou o velejador.
Para o secretário Décio Brasil, a palestra foi enriquecedora. “O Lars Grael nos mostrou as dificuldades que ao longo do tempo o esporte teve. Hoje, temos a responsabilidade de levar à frente os destinos do esporte e essa colaboração do Lars é importante. Temos que estar unidos para que o esporte atinja a grandeza que merece”.
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