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Integra Brasil debate o futebol como ferramenta de inclusão e igualdade social
A quinta webinar do programa Integra Brasil, realizada nesta quinta-feira (29.07), debateu o “Futebol da Igualdade” com convidados dos clubes Paysandu e Flamengo. Promovido pelos ministérios da Cidadania, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o evento abordou questões envolvendo igualdade racial, respeito aos povos de diferentes culturas e a inclusão feminina no esporte.
Os participantes ressaltaram que o futebol é uma importante ferramenta social que consegue unir os cidadãos, promover o desenvolvimento e a educação, os direitos humanos e a saúde. “Temos que entender todas as desigualdades para chegar na igualdade”, salientou Ronaldo Lima, secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério da Cidadania, na abertura do webinar.
O coordenador geral de Gestão do Sistema Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Helbert Pitorra, destacou que o esporte é um fator importante de inclusão social. “O futebol é uma ferramenta poderosa para integrar homens, mulheres, jovens, crianças, e é importante para darmos um basta em situações de violência”, afirmou.
“Ao ver nos Jogos Olímpicos negros, indígenas, pessoas de classe baixa que conseguiram ascensão através do esporte, nos reforça a satisfação de investir em projetos como o Integra”, completou Pitorra. A secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial atualmente atende 28 comunidades/povos tradicionais.
Vanessa Vilela Berbel que é coordenadora geral do Sistema Integrado de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência/ Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) ressaltou a união que o esporte pode promover. “O futebol assume uma função muito democrática no Brasil, essa função de inclusão que passa por todas as classes sociais. O futebol brasileiro é o da diversidade”.
Entre 2020 e 2021, 288 denúncias de violação de direitos foram feitas em relação ao tema futebol, em sua maioria, as vítimas foram crianças e adolescentes e envolvia casos de intolerância.
Clubes
Os projetos sociais desenvolvidos pelo Paysandu Sport Club foram mostrados pela vice-presidente do clube paraense Iêda Almeida. “A inclusão não só combate a segregação social, mas ela vai viabilizar a democratização de informações, de ideias, de espaços, de serviços que algumas pessoas talvez não pudessem ter”.
Um exemplo é a ação “Dente de Lobo”, realizada em Boa Vista do Azará (PA). Trata-se de uma peça teatral que leva educação e higiene bucal a crianças. O clube também foi destaque pelo Programa Sócio Bicolor, que emite carteiras de sócio torcedor com o nome social da pessoa transgênero. “Inclusão social também é qualificar, orientar, educar, para atender bem o torcedor”, concluiu Iêda.
O assistente social do Clube de Regatas Flamengo, Fernando Truyts, reforçou a importância da formação cidadã de todos na agremiação carioca. “Independentemente da criança seguir o sonho de ser atleta, a gente trabalha o desenvolvimento integral dentro das categorias de base. Temos o olhar para a garantia de direitos, que ele esteja acessando a escola, em condições de moradia adequada, com boa saúde e alimentação, para que a gente o desenvolva nos aspectos esportivos, mas também nos aspectos sociais”.
Denúncias
O ouvidor substituto da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do MMFDH, Wendel Matos, falou sobre o trabalho de prestar informações ao cidadão e receber as denúncias de violação dos direitos humanos. A média de ligações diárias no órgão é de 12 mil, sendo algumas relacionadas ao esporte.
Caso presencie situações de violação dos direitos humanos, denuncie pelo aplicativo “Direitos Humanos Brasil”, disponível para sistemas IOS e Android, com garantia de anonimato. Também há a possibilidade de se fazer as denúncias por telefone, ou Whatsapp no número: (61) 99656-5008. Outros canais são o Telegram “direitoshumanosbrasil” e o site https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh.
Também participaram do webinar o gerente de Responsabilidade Social e Academy CBF, Diogo Neto, o diretor de Projetos, Parcerias e Integração Institucional do MMFDH, Pedro Paulo Teófilo Magalhães de Holanda, o secretário nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do MMFDH, Paulo Roberto, e o deputado federal Joziel Ferreira.
Você pode acompanhar detalhes da live no canal da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania no Youtube e no perfil do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no Facebook.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania