Notícias
Café com Incentivo
Flávio Canto fala sobre experiência de vida para técnicos do Ministério do Esporte
"O tamanho do sucesso depende da reação que você tem cada vez que você cai". A frase faz parte da trajetória do ex-judoca Flávio Canto, que a colocou em prática em sua vida pessoal e profissional. Flávio proferiu palestra na manhã desta terça-feira (21.05), no Ministério do Esporte, durante o Café com Incentivo - ação na qual um atleta relata sua experiência a funcionários que trabalham com a Lei de Incentivo ao Esporte (LIE).
Ao falar para mais de 50 funcionários, Canto mostrou as dificuldades para alcançar seu sonho e a importância de manter o equilíbrio, ser determinado, corajoso, solidário, e humilde, princípios do código samurai levado para a prática do judô. Para ele, o esporte é o principal instrumento da educação e um dos maiores e principais professores na sua vida. "Quanto à Lei de Incentivo, ela pode mudar o mundo usando os mecanismos legais, assim como já fez uma revolução na área esportiva", afirmou o judoca.
"Temos que quebrar o paradigma de que no Brasil o esporte não tem apoio. O apoio existe, o que falta é conhecimento sobre as leis que incentivam a área", afirmou o ex-judoca, especialista em solo, que hoje trabalha para difundir o esporte e ajudar a melhorar a vida das pessoas.
Aos 14 anos Flávio resolveu acompanhar seu irmão mais novo nos treinos de judô, também influenciado pelo medalha olímpica de Aurélio Miguel, em Seul 1988. Flávio Canto começou com idade avançada para a modalidade, o que o deixava em desvantagem, mas esse fator foi determinante para o atleta treinar mais e acreditar em seu potencial, já que os outros não acreditavam.
O ex-atleta se destacou na seleção em 1995 ao conquistar a medalha de bronze no Pan-Americano de Mar Del Plata. No ano seguinte conquistou a sétima colocação nas Olimpíadas de Atlanta, e em 1999 foi prata no Pan-Americano de Winnipeg, no Canadá. Perdeu a seletiva das Olimpíadas de Sidney, na qual era o mais cotado para ser o titular na categoria meio-médio, mas participou como reserva.
Instituto Reação
Na volta para o Brasil, após a decepção com as Olimpíadas de Sidney, Flávio resolveu em pleno voo dar aulas de judô como voluntário em um projeto social na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. Algum tempo depois o projeto passou por sérias dificuldades. Para manter as aulas, ele criou com a ajuda de amigos o Instituto Reação, entidade sem fins lucrativos que começou com 60 alunos e hoje já atende 1,2 mil. Atualmente, o instituto mantém com recursos da Lei de Incentivo cinco núcleos no Rio de Janeiro: Rocinha, Pequena Cruzada, dois na Cidade de Deus e Tubiacanga, e futuramente estará nas comunidades do Alemão e Dona Marta.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento humano e a inclusão social por meio do judô e de atividades complementares - passeios culturais, atendimento fisioterapêutico, aulas de inglês, reforço escolar, e até bolsa de estudo para alunos carentes -, o Instituto Reação tem assumido papel de destaque ao revelar atletas como Rafaela e Raquel Lopes, entre outros que podem fazer a diferença nas Olimpíadas Rio 2016.
Confira o vídeo:
Cleide Passos
Foto: Francisco Medeiros
Ascom - Ministério do Esporte