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Intercâmbio esportivo
Em Quito, secretário Bruno Souza compartilha experiência do Brasil no alto rendimento com o governo equatoriano
O sucesso das políticas públicas esportivas do Governo Federal voltadas para o alto rendimento – como o Programa Bolsa Atleta, a Lei das Loterias e a Lei de Incentivo ao Esporte –, aliadas ao desempenho histórico do Brasil nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio chamaram a atenção do Ministério do Esporte do Equador.
Com o objetivo de aprender mais sobre a experiência brasileira, o Ministério do Esporte do país sul-americano convidou o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR) da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Bruno Souza, para participar de um evento que discute o futuro do esporte no Equador.
Podemos e devemos contribuir com nossas experiências para que nossos vizinhos possam, quem sabe, replicar programas ou adotar instrumentos semelhantes. Estamos prontos para ajudar”
Bruno Souza, secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério da Cidadania
O encontro, intitulado Mesas Técnicas para a Transferência e Obtenção de Conhecimento para o Projeto de Fortalecimento do Esporte de Alto Rendimento do Equador, teve início nesta quarta-feira (01.12), em Quito, e prossegue nesta quinta-feira (02.12).
Além do representante do Brasil, participam da iniciativa diversas autoridades do país anfitrião, como o ministro do Esporte do Equador, Sebastián Palacios, e o subsecretario de Alto Rendimento do Equador, Pablo Meave. A ideia é que, ao fim, os países firmem um memorando de intenções para ampliar o intercâmbio esportivo entre as nações, envolvendo atletas, técnicos e gestores.
Nesta quarta, Bruno Souza fez duas apresentações ao público equatoriano e discorreu sobre as boas práticas dentro do planejamento brasileiro, como o Bolsa Atleta e o processo de elaboração do plano governamental voltado para o alto rendimento no país.
Bruno ainda ressaltou o esforço da atual gestão da Secretaria Especial do Esporte para fortalecer o esporte escolar e de base. Ele citou o exemplo dos Jogos Escolares Brasileiros – JEB’s, encerrados em 5 de novembro, após 17 anos sem serem realizados. A competição levou mais de 5 mil crianças, de 12 a 14 anos, ao Rio de Janeiro para a disputa de 17 modalidades.
O representante do Brasil ainda discorreu sobre a relação do Governo Federal com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), destacando a necessidade de prestação de contas para que as entidades recebam verbas federais. Ele citou a experiência das Estações Cidadania – Esporte, estruturas construídas com recursos federais e que permitem acesso à prática esportiva de qualidade em áreas de vulnerabilidade social.
“O Brasil construiu um arcabouço eficiente de programas de amparo ao esporte de alto rendimento nas últimas décadas”, afirma Bruno Souza. “Programas como a Lei das Loterias, o Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo são referências. Somados ao legado dos Jogos Rio 2016, temos uma estrutura que dá suporte para que federações, confederações, atletas e técnicos trabalhem de um ciclo para outro de modo profissional”, diz o secretário da SNEAR.
“Não é à toa que o Brasil alcançou em Tóquio os melhores desempenhos da história, tanto nas Olimpíadas quanto nas Paralimpíadas. Acho que podemos e devemos contribuir com nossas experiências para que nossos vizinhos possam, quem sabe, replicar programas ou adotar instrumentos semelhantes. Estamos prontos para ajudar”, afirma Bruno Souza.
Nesta quinta, Bruno tem uma nova apresentação, desta vez para falar sobre o fortalecimento do esporte de alto rendimento no Brasil, tanto na vertente olímpica quanto paralímpica.
R$ 750 milhões
Por meio de uma trinca formada pela Lei das Loterias, pelo Bolsa Atleta e pela Lei de Incentivo ao Esporte, o Governo Federal firmou-se como o maior incentivador do esporte olímpico e paralímpico no país, com investimento anual de cerca de R$ 750 milhões. Esses recursos foram determinantes para que o Brasil alcançasse em Tóquio as melhores participações da história.
Nas Olimpíadas do Japão, o Brasil conquistou 21 medalhas – 7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze –, terminando a competição na 12ª posição. Das 21 medalhas conquistadas em Tóquio, 19 (90,45%) vieram de integrantes do Programa Bolsa Atleta.
Segundo um levantamento da área técnica do Ministério da Cidadania, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, o grupo de medalhistas das modalidades individuais e em dupla, responsável por 19 das 21 medalhas, recebeu R$ 8,3 milhões de forma direta, via Bolsa Atleta. Quando se leva em conta a relação histórica dos esportistas com o programa, desde 2005, o montante investido sobe para R$ 12,7 milhões.
A delegação brasileira como um todo em Tóquio contou com 302 titulares, inscritos em 35 modalidades. Desses, 242 eram integrantes do Bolsa Atleta, o que significava 80% da delegação.
Já nos Jogos Paralímpicos, o Brasil conquistou 72 medalhas – 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes – e terminou a competição no sétimo lugar no quadro de medalhas. Dos 72 pódios, 68 vieram por integrantes do Bolsa Atleta, ou seja: 94,4% do total. Vinte dos 22 ouros do Brasil foram conquistados por bolsistas, assim como 18 das 20 pratas e os 100% dos 30 bronzes.
Entre as 20 medalhas de ouro obtidas por bolsistas, 18 vieram de integrantes da categoria Pódio, a principal do programa executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. A Bolsa Pódio prevê repasses mensais de R$ 5 mil a R$ 15 mil para os que se posicionam entre os 20 melhores do ranking de suas modalidades.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania