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Em Brasília, seminário aborda integridade no esporte nacional
Ações para proteger a integridade da indústria esportiva foram debatidas durante o seminário Summit de Integridade Esportiva, nesta quarta-feira (02.10), no auditório do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Com a presença do secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, o evento reuniu especialistas de organizações públicas e privadas que abordaram os desafios atuais e futuros em busca de soluções para proteger atletas, fãs e profissionais do mercado esportivo.
Promovido pelo Instituto Internacional de Governança e Risco (GovRisk), o seminário contou com cinco painéis. Especialistas discutiram a relevância crescente da tecnologia na identificação de atividades suspeitas de apostas, os perigos dos mercados de apostas ilegais, o impacto de mudanças legislativas e as formas possíveis de se criar redes de cooperações, além de ações para evitar manipulações de resultados de jogos.
Seminário sobre Integridade Esportiva. Fotos: Francisco Medeiros/Ministério da Cidadania.
No primeiro debate do dia, a presidente do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem, Tatiana Mesquita, explicou que a integridade é garantida por três pilares. “O esporte tem que ser limpo. Assim, pensamos logo na antidopagem como um dos pilares. No segundo, o esporte tem que ser rígido com as ações de combate à corrupção. Por último, ele tem que ser justo, por isso a manipulação de resultados é o terceiro pilar quando a gente está falando de integridade”, disse.
O evento contou também com a presença do secretário da Secretaria de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), Washington Cerqueira, e da secretária da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Luísa Parente. Representantes do Ministério da Economia e da Justiça também estiveram no evento.
Ao falar sobre a visão dos atletas e das equipes na busca de um esporte justo, Marcus Vinícius Freire, ex-diretor executivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB), ressaltou o investimento em campanhas de conscientização. “Precisamos educar o mais cedo possível os nossos jovens. Temos que educar os futuros atletas que irão participar de competições em que as pessoas irão apostar e nos demais jovens para não entrar no vício dos jogos. Assim, precisamos de operadores idôneos das apostas, temos que identificar desvios de padrões nas apostas e limitar apostas em competições de base”, afirmou.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, João Batista Brito, destacou o papel do esporte na cultura nacional. “O Brasil é um país vocacionado à prática esportiva e vive intensamente todas as modalidades. A correção das condutas na gestão, na administração e na prática esportiva é um valor decisivo na consolidação de um estado de direito e de uma sociedade civilizada. O esporte move paixões e, por isso, a transparência e a ética na gestão garantem a integridade. Elas devem ser buscadas por toda indústria que movimenta o esporte como forma de manutenção da confiança da sociedade”, completou.
Breno Barros - Ministério da Cidadania