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Em bate-papo ao vivo, secretário Décio Brasil, Tammy Galera e Hugo Parisi fazem balanço dos Jogos Mundiais Militares
O secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, participou neste domingo, 27.10 (madrugada do dia 26 no Brasil), ao lado de Tammy Galera e Hugo Parisi, atletas dos saltos ornamentais, de um bate-papo ao vivo, realizado diretamente do Centro Principal de Mídia de Wuhan, na China, cidade-sede dos 7º Jogos Mundiais Militares. Durante a transmissão, feita pelo Facebook da Secretaria Especial do Esporte, os convidados fizeram um balanço da participação brasileira na competição e trocaram ideias sobre o esporte de alto rendimento, o apoio governamental e o desporto militar.
Até o momento da transmissão ao vivo, o Brasil estava consolidado na terceira posição geral do quadro de medalhas, atrás de China e Rússia, com 84 medalhas no total, sendo 20 de ouro, 29 de prata e 35 de bronze. Mais de 70% desses pódios foram conquistados por esportistas contemplados pelo Bolsa Atleta. O bate-papo ao vivo durou cerca de 23 minutos e contou com a participação interativa dos seguidores da fanpage da Secretaria Especial do Esporte. Confira a íntegra da transmissão :
Para o secretário Décio Brasil, o bom resultado alcançado pelo país na competição militar credencia o Brasil a um bom desempenho em Tóquio 2020. “O Comitê Olímpico do Brasil (COB) não estabeleceu uma meta para as próximas Olimpíadas, como foi feito para os Jogos Rio 2016, mas, pelo que estamos vendo aqui em Wuhan, no Pan-Americano e no Parapan de Lima e nos mundiais do circuito internacional das diversas modalidades, o Brasil tem conseguido resultados expressivos, o que projeta para Tóquio um melhor rendimento do que foi em 2016”, analisou.
Medalhista de prata na prova por equipes feminina e de bronze na plataforma sincronizada, Tammy Galera, que além de ser atleta da Marinha do Brasil é bolsista da Secretaria Especial do Esporte, falou um pouco da importância desse apoio em sua rotina de competições e treinamentos. “Com certeza tem me ajudado muito, não só financeiramente, mas como forma de motivação. Sempre foi essencial para minha permanência no esporte. No ano passado, cheguei a pensar em parar, mas os programas permitiram que eu continuasse treinando e mantendo um alto desempenho e, claro, que estivesse aqui na China e conseguisse as medalhas. Estou superfeliz”, destacou a saltadora.
Hugo Parisi, que disputou os Jogos Olímpicos de Pequim-2008 como atleta e agora atua como árbitro e gestor esportivo, avalia que a competição militar já pode ser considerada parte do circuito mundial dos megaeventos esportivos. “É bem legal comparar. Estive na China em 2008 e agora por ocasião dos Jogos Mundiais Militares. A estrutura da vila dos atletas, o centro de mídia, o transporte e a alimentação não deixam absolutamente nada a desejar em relação ao que acontece nas Olimpíadas. A estrutura é exatamente a mesma que existe para a maior competição do mundo”, afirmou o ex-saltador.
Ele destacou ainda o impacto do apoio governamental para o crescimento dos saltos ornamentais no país. “Hoje, se a gente não tem a ajuda do governo federal, eu diria que nossa modalidade praticamente iria acabar dentro do Brasil. Graças ao incentivo que o governo dá a gente vem crescendo. É fato que o Centro de Excelência de Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília (UnB), uma parceria com a Secretaria Especial do Esporte, hoje forma a base do país. As crianças e os adolescentes que estão lá têm ganhado medalhas em todas as competições de que participam. E, do lado alto rendimento, a gente está utilizando o legado olímpico com a Tammy e mais três atletas no Parque Aquático Maria Lenk (que fica dentro do Parque Olímpico da Barra)”, apontou.
Pedro Ramos, de Wuhan, na China - Ministério da Cidadania