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Bolsa Atleta
Editais do Bolsa Atleta passarão a ser publicados sempre em janeiro a partir de 2021
Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br
Um dia depois de anunciar que o próximo edital do Programa Bolsa Atleta, que será lançado em janeiro de 2021, aceitará, para efeito de elegibilidade ao patrocínio, os resultados esportivos de 2019 e de 2020 , em razão dos impactos no esporte mundial decorrentes da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães, anunciou outra novidade nesta quinta-feira (06.08): a partir de 2021, os editais do programa serão sempre lançados no mês de janeiro.
Os editais serão publicados sempre em janeiro. Nós procuramos acertar esse calendário para que respeite o ciclo de competições até dezembro, de modo que em janeiro a gente tenha sempre o edital publicado. Não vai ter mais gap. Ninguém vai ficar sem receber"
Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do ministério da Cidadania
“Os editais serão publicados sempre em janeiro. Nós procuramos acertar esse calendário para que respeite o ciclo de competições até dezembro, de modo que em janeiro a gente tenha sempre o edital publicado. Não vai ter mais gap. Ninguém vai ficar sem receber. O governo, com essa medida, começa a potencializar o Bolsa Atleta, porque a gente começa a pagar o benefício logo no início do ano seguinte ao ano de competição que foi encerrado”, afirma Marcelo Magalhães.
“A publicação do próximo edital do programa Bolsa Atleta, em janeiro de 2021, é a garantia da manutenção do apoio aos atletas neste período conturbado em função dos reflexos da pandemia da Covid-19. É um compromisso do Governo Federal com o esporte brasileiro. Com o edital único, os atletas terão tranquilidade e o apoio necessário para treinos e competições, principalmente às vésperas dos Jogos de Tóquio. O cancelamento de competições em 2020 não significará prejuízo a nenhum atleta”, reforça o secretário Nacional de Alto Rendimento (SNEAR) da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Bruno Souza.
Coordenador-geral do Programa Bolsa Atleta do Ministério da Cidadania, Mosiah Rodrigues, ex-atleta olímpico da ginástica artística, detalhou como se dará o processo a partir das publicações dos editais no primeiro mês do ano. “Todos os atletas beneficiados atualmente pelo programa receberão a bolsa até março de 2021. Com o lançamento do edital em janeiro, os pagamentos aos contemplados terão início em maio de 2021 e isso deve ser mantido para os anos seguintes, de modo que os atletas recebam o quanto antes os benefícios referentes ao desempenho do ano anterior”, explica Mosiah.
Ontem, após a divulgação de que o edital de 2021 levaria em conta tanto as competições de 2019 quanto de 2020, tanto atletas olímpicos e paralímpicos quanto representantes das principais engrenagens do setor esportivo manifestaram suporte à opção da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
O novo edital do Bolsa Atleta também será o assunto principal de uma Live marcada para esta quinta-feira, 6.08, a partir das 14h30, no canal da Secretaria Especial do Esporte no Facebook . Mosiah Rodrigues e Bruno Souza vão comentar os conceitos do edital e tirar dúvidas.
Força do programa
O Bolsa Atleta é um dos maiores programas de patrocínio direto ao atleta do mundo e apresenta resultados fundamentais para o esporte brasileiro. Desde a criação, em 2005, já foram concedidas mais de 69,5 mil bolsas, para 27 mil atletas de todo o país. O valor destinado pelo programa desde sua implantação supera a marca de R$ 1,2 bilhão.
Todos os atletas beneficiados atualmente pelo programa receberão a bolsa até março de 2021. Com o lançamento do edital em janeiro, os pagamentos aos contemplados terão início em maio de 2021 e isso deve ser mantido para os anos seguintes
Mosiah Rodrigues, coordenador-geral do Bolsa Atleta
A importância do Bolsa Atleta pode ser medida nos Jogos Rio 2016. Na edição olímpica, 77% dos 465 atletas convocados para defender o Brasil eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros – a maior campanha da história –, apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas.
Já nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil teve a maior delegação da história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o apoio da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
No ciclo para os Jogos de Tóquio 2020, a força do Bolsa Atleta ficou clara mais uma vez nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Lima 2019, no Peru, o maior evento multiesportivo antes dos Jogos no Japão para os atletas brasileiros.
No Pan, o Brasil protagonizou sua melhor campanha da história. Foram 171 medalhas, sendo 55 de ouro. Com isso, o país voltou a terminar em segundo lugar no quadro de medalhas, o que não acontecia desde 1963, na edição dos Jogos realizada em São Paulo. Dos 485 atletas originalmente inscritos pelo Comitê Olímpico Brasileiro para o Pan de Lima, 333 eram bolsistas. Do total de pódios conquistados, 141 vieram com atletas beneficiados pelo programa.
No Parapan, o Brasil protagonizou um resultado histórico e chegou ao topo do quadro de medalhas com 308 pódios. Foram 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Do total de medalhas, 287 (93,18%) foram conquistadas por atletas contemplados pelo Bolsa Atleta.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania