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Cria do Centro de Excelência da UnB, Luis Felipe chega à final do trampolim
A cada degrau que Luis Felipe subia na escada do trampolim de três metros, o nervosismo aumentava. Quando o jovem de 16 anos chegou à borda, já não conseguia controlar o corpo. Não é por menos. Ainda da categoria júnior, o mais jovem dos inscritos nos saltos ornamentais nos Jogos Pan-Americanos estreava no megaevento continental. O primeiro salto na piscina do Parque Aquático da Vila Esportiva Nacional de Lima foi a concretização de um sonho em um ano de muitas conquistas profissionais do atleta de Brasília.
Além de disputar os Jogos, ele representou o país pela primeira vez no Mundial de Esporte Aquáticos, na Coreia do Sul, e passou a receber o auxílio do programa Bolsa Atleta pela primeira vez na categoria Internacional. Ele está entre os contemplados em abril pelo Bolsa Atleta da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, após suplementação de R$ 70 milhões ao orçamento inicial do programa, dentro das metas prioritárias para 100 primeiros dias da atual gestão do governo federal.
A trajetória que levou o jovem de Brasília ao megaevento internacional mostra que iniciativas que garantem o direito à cidadania, aliadas ao esporte, são fundamentais e geram resultados também no alto rendimento. Os primeiros saltos de Luis foram aos 10 anos, em projeto social desenvolvido no Centro Olímpico do Gama, no Distrito Federal. Em apenas um ano de projeto, ele passou a treinar no Centro de Excelência da UnB, uma das melhores instalações de saltos ornamentais da América do Sul para aperfeiçoamento técnico e prático. Ele treina no equipamento desde a inauguração, em março de 2014, quando tinha apenas 11 anos.
O centro recebeu R$ 1,9 milhão em investimentos federais. Os recursos foram usados em compra de equipamentos, manutenção e contratação de profissionais para a equipe multidisciplinar. Em outra frente, o Centro de Excelência tem atualmente em execução um convênio, no valor de R$ 4,9 milhões, para garantir o funcionamento da estrutura e a manutenção do Núcleo Esportivo de Base.
Os investimentos federais garantiram que Luis Fernando saísse da pequena cidade na capital para saltos internacionais. “É ótimo poder treinar lá. A gente tem a maior estrutura do país em Brasília. Nós contamos com cinto de segurança na água, temos vários trampolins para treinar, além do fosso de espuma para treinar fora da piscina”, disse o atleta.
Além de treinar na estrutura viabilizada por investimentos federais, o especialista na prova de 3 metros do trampolim é integrante do Bolsa Atleta, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. “O Bolsa Atleta ajuda bastante. Quando a gente vai competir internacionalmente, nós participamos de uma seletiva antes, em que distribuem os índices A ou B. Se você faz o A, a federação paga os custos da viagem. Se for o B, o atleta que tem que pagar do bolso. Então, quando não garantimos o A eu consigo viajar e competir graças ao Bolsa Atleta, pagando as viagens e reinvestindo na modalidade”, revelou.
Finais
Neste sábado (03.08), Luis Felipe disputou a classificatória do trampolim 3 metros. Na prova, o brasiliense marcou 385.75 pontos e avançou para a final na nona colocação. “É a prova mais difícil desse campeonato. Eu estava tremendo quando subi. Levantei a cabeça, fui lá e mandei os saltos e garanti a presença na final. Não fui bem ainda, mas na final espero melhorar. Errei os três primeiros saltos, mas os três últimos me garantiram”, concluiu.
Breno Barros, de Lima, no Peru – rededoesporte.gov.br