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Paralimpíadas Escolares 2019
Com apenas 15 anos, Maria Clara da Silva chega ao tetra nas Paralimpíadas Escolares
Nesta quarta-feira, 19, primeiro dia de disputas da 13ª edição das Paralimpíadas Escolares, a potiguar Maria Clara Augusto da Silva, de 15 anos, que representou o Brasil no Mundial de jovens e nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, faturou a medalha de ouro nos 75m na classe T47 do atletismo.
A velocista participa pela quarta vez das Paralimpíadas Escolares. Neste ano, representou o Brasil internacionalmente, já que foi convocada para o Mundial de Jovens, na Suíça, e para os Jogos Parapan-Americanos Lima, no Peru. Na Europa, conquistou o ouro no salto em distância, no revezamento 4x100m e uma prata nos 200m. Já na capital peruana, seu melhor resultado foi o quinto lugar nos 200m T47.
Na manhã desta quarta, ela venceu a prova dos 75m T47 (para amputados de braço) para o Rio Grande do Norte. Com este resultado, a atleta tornou-se tetracampeã da prova em nível escolar. Vale ressaltar que nas Paralimpíadas Escolares as provas possuem metragem reduzida em função da idade dos participantes.
Maria Clara tem má-formação congênita abaixo do cotovelo no braço esquerdo. Sua primeira competição paralímpica oficial foram as Paralimpíadas Escolares em 2016. "É muito gratificante representar meu estado e meu clube em uma competição escolar tão grandiosa. É só felicidade! Tenho um carinho especial pelas Paralimpíadas Escolares porque foi por meio delas que tantas portas se abriram pra mim, como o Mundial de Jovens e o Parapan", disse Maria Clara.
Cerca de 1.220 atletas participam do evento, vindas de 26 estados e do Distrito Federal. A unidade da federação com o maior número de inscritos é São Paulo, com 128 atletas. O estado é o mais vitorioso da competição, com sete títulos no total: 2006, 2009, 2011, 2015, 2016, 2017 e 2018.
As Paralimpíadas Escolares são consideradas o maior do mundo para pessoas com deficiência em idade escolar. Neste ano são ofertadas 12 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas (formato 3x3), bocha, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, judô, natação, parabadminton, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. A faixa etária contemplada para as disputas é de 12 a 17 anos.
Vários talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Escolares, como os velocistas Alan Fonteles, ouro em Londres 2012, Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, e Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47); o nadador Talisson Glock, prata no Rio 2016; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata no Jogos de Londres e bronze no Rio 2016; a mesa-tenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016, entre outros.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro