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Centenário Olímpico
Cerimônia no Palácio do Planalto abre calendário de eventos do centenário olímpico do Brasil
Para o esporte brasileiro o ano de 2020 tem um significado muito maior do que ser marcado pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, que serão disputados entre julho e setembro, na capital japonesa. Neste ano, o Brasil celebra o centenário de sua primeira participação olímpica, realizada em 1920, quando o país enviou uma delegação de 21 atletas para disputar, na Antuérpia, na Bélgica, a sétima edição dos Jogos.
Para marcar esta efeméride esportiva, o presidente Jair Bolsonaro recebeu, nesta quarta-feira (19.02), no Palácio do Planalto, em Brasília, diversos atletas e ex-atletas que fizeram parte da história desses 100 anos do Brasil nos Jogos Olímpicos. A cerimônia contou com a presença do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni; do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley; e do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado.
O presidente Jair Bolsonaro assinou dois decretos. Um deles institui a comissão interministerial que será encarregada das ações referentes aos eventos ao longo de 2020 em torno das comemorações pelo centenário olímpico do Brasil. O outro oficializa a entrega da Cruz do Mérito Esportivo a 25 heróis do esporte brasileiro que marcaram os 100 anos de participação do Brasil nos Jogos.
Durante a solenidade desta quarta-feira, 13 desses 25 atletas e ex-atletas receberam a Cruz do Mérito Desportivo das mãos do presidente. Os campeões olímpicos Arthur Zanetti (ginástica artística), Aurélio Miguel (judô), Guilherme Paraense (tiro esportivo – in memorian), Marcelo Ferreira (vela), Ricardo Santos (vôlei de praia), Robson Conceição (boxe), Rogério Sampaio (judô) e Torben Grael (vela) foram homenageados, além dos medalhistas olímpicos Janeth Arcain (basquete), Las Grael (vela), Natáia Falavigna (taekwondo) e Poliana Okimoto (maratonas aquáticas). A lenda da natação brasileira Maria Lenk, primeira mulher sul-americana a participar dos Jogos Olímpicos, em Los Angeles 1932, também recebeu a Cruz do Mérito Esportivo in memorian.
Para o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, o esporte brasileiro tem muitas perspectivas positivas para 2020. “Além de comemorarmos o centenário, temos neste ano, em Tóquio, a possibilidade de ter resultados ainda melhores do que em 2016. Juntos vamos buscar ouro, prata e bronze para a honra de nosso país e para a alegria de todos os brasileiros. O esporte brasileiro com certeza vai ampliar os seus passos e sei que, nos próximos anos, com todos os programas existentes, desde aqueles lá da base até os do alto rendimento, vamos colher muitos frutos, porque o esporte resgata e inspira”, afirmou.
Homenagens
A família de Guilherme Paraense, em especial, representada no Palácio do Planalto pela filha do campeão olímpico, Oysis Paraense, e por sua neta, Valéria Paraense, viveu uma emoção dupla, já que, além da condecoração, Guilherme estampa um selo comemorativo do centenário olímpico do Brasil, lançado durante a cerimônia.
“Senti uma emoção enorme nesta tarde”, resumiu Oysis Paraense. “Meu pai, tenho certeza, ficaria muito feliz por saber que sua memória foi preservada neste dia tão especial”, continuou a filha de Guilherme Paraense.
Campeão olímpico em Londres 2012 nas argolas e medalha de prata no Rio 2016 na mesma prova, o ginasta Arthur Zanetti também estava muito feliz. “Receber uma homenagem como essa é sempre muito bom. Isso demonstra que a gente está sendo reconhecido pelo que a gente fez e pelo que estamos fazendo. Cem anos é um marco, né? Ninguém lembra dos 99 anos, dos 98 anos... Mas dos 100 todo mundo vai lembrar. Então estou satisfeito por estar aqui e ter recebido este prêmio”.
O primeiro a discursar foi o secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil. Após voltar no tempo e ressaltar a importância da delegação que representou o país nos Jogos Olímpicos da Antuérpia, em 1920, o secretário destacou o trabalho do governo federal para desenvolver o esporte em todos os níveis.
“O governo federal vem se empenhando intensamente na construção de instrumentos para o desenvolvimento do esporte. São políticas públicas e ações que oferecem a nossos atletas condições de se preparar adequadamente para os grandes eventos internacionais. Continuaremos aprimorando esses mecanismos, não apenas para o alto rendimento, mas para todos os níveis onde a prática esportiva se faz presente: no esporte educacional, nos projetos sociais e nas atividades de lazer. Queremos que o esporte cada vez mais faça parte da sociedade, não apenas como uma paixão, mas como uma parte importante do dia a dia de nossas crianças, jovens, adultos e idosos”, afirmou.
O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Emanuel Rego, campeão olímpico do vôlei de praia ao lado de Ricardo nos Jogos de Atenas 2004, também destacou a importância da solenidade no Palácio do Planalto ao resumir tudo o que ela representou.
“Esse primeiro movimento em torno do centenário olímpico do Brasil foi um sucesso. Tivemos as homenagens aos atletas, assinamos dois decretos importantes e trouxemos o Comitê Olímpico do Brasil como grande parceiro dessas ações. Quem tem a ganhar nesse ano do centenário olímpico é o esporte nacional”.
Por Luiz Roberto Magalhães e Jéssica Barz
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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