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Brasil só é superado pela China e fica com a prata por equipes na ginástica artística nos Jogos Mundiais Militares
O ginásio do Centro Olímpico de Hubei, em Wuhan, na China, recebeu nesta quarta-feira (23.10) a final por equipes da ginástica artística dos 7º Jogos Mundiais Militares. Formado por Arthur Zanetti, Caio Souza, Francisco Barretto, Lucas Bitencourt e Luis Porto, o time brasileiro só não conseguiu fazer frente à forte equipe chinesa, que obteve uma soma de notas superior em todos os aparelhos. Dessa forma, o pódio teve a China em primeiro, com 260.294 pontos, seguida por Brasil (243.526) e Coreia do Norte (237.627).
"O nível foi alto. A equipe do Brasil estava completa, a da China também. São os caras que estavam agora no Mundial e que vão estar nas Olimpíadas. O Brasil fez sua parte, competiu bem. A gente sabe que bater a China é complicado, mas estamos trabalhando para que isso um dia aconteça", afirmou Arthur Zanetti. Na final desta quarta, os donos da casa contaram com dois integrantes do time que conquistou o vice-campeonato no Mundial da modalidade, disputado em Stuttgart, na Alemanha, de 4 a 13 de outubro: Shudi Deng e Jingyuan Zou.
Para Zanetti, o momento é de foco total em Tóquio 2020. "O objetivo da seleção é buscar o maior número de finais nas Olimpíadas. Provavelmente os especialistas vão trabalhar bem duro, focados em seu aparelho. Eu vou treinar muito nas argolas, o Nory que agora veio de um ouro no Mundial na barra, vai treinar bastante isso, para que a gente consiga pegar uma final e buscar uma medalha para o nosso país".
Arthur Nory não pôde disputar a competição militar em decorrência de uma lesão no ombro. O atleta, entretanto, fez questão de estar ao lado dos companheiros durante os Jogos. "Vim porque não estamos com o nosso treinador. Conheço muito essa equipe, estamos juntos desde sempre, então estou aqui para dar suporte, apoiar e ir junto até o final", destacou. Para Nory, o desempenho da seleção esteve dentro do planejado. "A gente sabia que ia ser pedreira, ainda mais com a China com a equipe principal dentro de casa. Fizemos uma boa competição, estávamos unidos e focados para concluir o objetivo. Vindo de um campeonato já com uma intensidade tão grande, como é o Mundial, fizemos a nossa parte, um ajudando o outro e assim vamos até o último dia dos Jogos", analisou. No sábado, serão disputadas as finais por aparelhos.
Investimento
Da lista de 345 atletas confirmados nos 7º Jogos Mundiais Militares, divulgada pelo Ministério da Defesa, 177 (51,3%) são contemplados com o Bolsa Atleta. Entre os convocados, 200 são homens (96 bolsistas) e 145 são mulheres (81 bolsistas). Considerando apenas as modalidades que fazem parte dos Jogos Olímpicos, a delegação brasileira conta com 288 atletas, sendo que 174 (60,4%) são bolsistas. O investimento total é de R$ 8.037.900,00.
"O Bolsa Atleta é essencial. Se não tivéssemos esse apoio, provavelmente vários de nós não estaríamos praticando esporte. É o suporte que a gente tem para viajar, para fazer a suplementação, para ir para o treino. Supre praticamente tudo o que a gente precisa", apontou o ginasta Arthur Zanetti.
Pedro Ramos, de Wuhan, na China - www.rededoesporte.gov.br