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Bolsa Atleta
Atletas olímpicos e paralímpicos celebram decisão de o Bolsa Atleta contemplar resultados de 2019 e 2020
Classificado para os Jogos de Tóquio, Pepê Gonçalves ressaltou a tranquilidade que a medida traz aos atletas. Foto: Pedro Ramos/ rededoesporte.gov.br
A decisão do Governo Federal de aceitar, para efeitos do Bolsa Atleta, os resultados esportivos de 2019 e de 2020 no edital de 2021 recebeu ampla acolhida entre atletas e dirigentes do setor esportivo. Diante de um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, valerá para o ingresso no programa o resultado mais recente, uma vez que a pandemia cancelou campeonatos e impediu os treinos de diversos atletas e modalidades.
"É uma sensibilidade louvável do Governo Federal entender essa situação. Entender que os atletas não estavam em treinamento ou em competição para se manter em ranqueamentos. Era uma grande apreensão dos atletas com quem converso, porque muitos dependem ou usam o bolsa como complementação para se manterem não só em treinamento, mas com suas despesas diárias"
Douglas Brose, bicampeão mundial de caratê
Dessa maneira, se uma confederação esportiva realizou campeonato em 2019, mas cancelou a realização em 2020, os atletas que encerraram a competição de 2019 em primeiro, segundo e terceiro lugares poderão aderir ao programa. Em caso de competições realizadas em 2020, valerão esses resultados, pois serão os mais recentes.
"É uma notícia ótima, que nos dá muita tranquilidade para seguir em busca da medalha olímpica", afirmou Pedro Gonçalves, o Pepê, que já tem vaga carimbada para os Jogos Olímpicos de Tóquio na canoagem slalom. A manifestação de Pepê no canal oficial da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania no Instagram foi seguida de aplausos do campeão mundial da barra na ginástica artística, Arthur Nory, do endosso do velocista paralímpico Vinicius Rodrigues e da celebração de Paulo Ricardo Melo, medalhista de bronze no mundial de 2019 na categoria -54kg do taekwondo.
"Essa notícia foi muito importante para a gente, já que estamos num ano super complicado, difícil para todos. Podermos levar em conta os resultados de 2019, já que em 2020 teve a pandemia e a gente não pôde participar dos campeonatos que estavam no planejamento, é um alívio e nos permite focar na retomada dos treinos para chegarmos tranquilos a Tóquio", afirmou Danielle Rauen, campeã da chave individual nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019, e já garantida em Tóquio no tênis de mesa.
"É uma sensibilidade louvável do Governo Federal entender essa situação. Entender que os atletas não estavam em treinamento ou em competição para se manter em ranqueamentos. Era uma grande apreensão dos atletas com quem converso, porque muitos dependem ou usam o bolsa como complementação para se manterem não só em treinamento, mas com suas despesas diárias", afirmou Douglas Brose, que tem no currículo dois ouros, uma prata e um bronze em campeonatos mundiais de caratê "Muita gente estava apreensiva. Agora, os atletas vão ficar mais tranquilos e vão poder se dedicar cada vez mais ao Jogos olímpicos e competições. Foi algo muito acertado e vai trazer confiança adicional para os atletas ", completou Brose.
Força do programa
O Bolsa Atleta é um dos maiores programas de patrocínio direto ao atleta do mundo e apresenta resultados fundamentais para o esporte brasileiro. Desde a criação, em 2005, já foram concedidas mais de 69,5 mil bolsas, para 27 mil atletas de todo o país. O valor destinado pelo programa desde sua implantação supera a marca de R$ 1,2 bilhão.
Essa notícia foi muito importante para a gente, já que estamos num ano super complicado, difícil para todos. Podermos levar em conta os resultados de 2019, já que em 2020 teve a pandemia e a gente não pôde participar dos campeonatos que estavam no planejamento, é um alívio"
Danielle Rauen, classificada para os Jogos de Tóquio no tênis de mesa paralímpico
A importância do Bolsa Atleta pode ser medida nos Jogos Rio 2016. Na edição olímpica, 77% dos 465 atletas convocados para defender o Brasil eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros – a maior campanha da história –, apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas.
Já nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil teve a maior delegação da história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o apoio da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
No ciclo para os Jogos de Tóquio 2020, a força do Bolsa Atleta ficou clara mais uma vez nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Lima 2019, no Peru, o maior evento multiesportivo antes dos Jogos no Japão para os atletas brasileiros.
No Pan, o Brasil protagonizou sua melhor campanha da história. Foram 171 medalhas, sendo 55 de ouro. Com isso, o país voltou a terminar em segundo lugar no quadro de medalhas, o que não acontecia desde 1963, na edição dos Jogos realizada em São Paulo. Dos 485 atletas originalmente inscritos pelo Comitê Olímpico Brasileiro para o Pan de Lima, 333 eram bolsistas. Do total de pódios conquistados, 141 vieram com atletas beneficiados pelo programa.
No Parapan, o Brasil protagonizou um resultado histórico e chegou ao topo do quadro de medalhas com 308 pódios. Foram 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Do total de medalhas, 287 (93,18%) foram conquistadas por atletas contemplados pelo Bolsa Atleta.
Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania