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G20 Rio de Janeiro
Wellington Dias defende políticas públicas integradas, precisas e com participação social para combater a fome e a pobreza
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, defendeu, nesta terça-feira (23.07), a implementação de políticas públicas precisas e integradas para superar a miséria e a insegurança alimentar no Brasil. A afirmação foi feita durante abertura do evento paralelo à Reunião Ministerial do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento (DWG) realizado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, no Rio de Janeiro.
“Temos mais de quarenta programas para promoção da dignidade no país, todos geridos e conectados pelo Cadastro Único, um banco de dados com informações socioeconômicas de mais de 95 milhões de pessoas de baixa renda”, lembrou o ministro. “Essa gama de programas interligados, com participação e controle social, permitiu que vencêssemos a fome e reduzíssemos a pobreza abaixo da metade”, completou.
Essa gama de programas interligados, com participação e controle social, permitiu que vencêssemos a fome e reduzíssemos a pobreza abaixo da metade”
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Em seguida, o titular do MDS, citou resultados que demonstram o sucesso dessas iniciativas. “Nossa luta é histórica e vemos como um dever compartilhar e discutir as experiências que vieram dela, queremos mostrar ao mundo os avanços do Brasil. Reduzimos a insegurança alimentar grave de 33,1 milhões para 8,7 milhões, tirando da fome 24,4 milhões de pessoas no Brasil em apenas um ano”, afirmou.
Entre as políticas citadas, Wellington Dias salientou o Bolsa Família, programa de transferência de renda criado há mais de 20 anos. “Hoje, beneficia 55 milhões de pessoas por todo o país, mudando a vida de mais de um quarto da população brasileira. O sucesso do Bolsa Família e outras iniciativas similares do governo brasileiro mostra o impacto tremendo que políticas precisas e bem financiadas podem ter na vida dos mais pobres”, exemplificou.
Por fim, outro ponto destacado pelo ministro foi a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, experiência focada em programas de grande escala, coordenados entre diversos setores de governo, com investimento direto nos mais pobres e participação social.
“Não estamos criando apenas uma vitrine para nossas conquistas nacionais, mas sim, lançando um chamado à ação para que países e instituições de todo o mundo compartilhem seus conhecimentos no combate à fome e à pobreza, para que reafirmem seus compromissos nessa luta e na caminhada para um mundo mais justo, inclusivo e sustentável”, finalizou.
Nesta quarta-feira (24.07), haverá o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião ministerial do G20 irá endossar os documentos constitutivos da Aliança e, com isso, permitir a adesão de países e instituições. De forma inédita, a reunião será transmitida ao vivo.Ao longo do evento, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ressaltou a importância de investimentos em infraestrutura, saneamento e redução da desigualdade e da pobreza. Segundo ela, não é à toa que o governo brasileiro escolheu capitanear a pauta da redução da fome. "Escolhemos colocar os pobres no orçamento. Essa é a prioridade desse governo. Em apenas um ano e meio, o Brasil já tirou 24 milhões da fome no Brasil", afirmou.
Evento paralelo
O evento paralelo "Combate às Desigualdades e Erradicação da Pobreza, Fome e Desnutrição", realizado na capital fluminense no segundo dia da Reunião Ministerial de Desenvolvimento, lançou luz sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1 e 2, que tratam da erradicação da fome e da pobreza.
No encontro, foram apresentados dois relatórios: "Desigualdade na América Latina e no Caribe: níveis, dimensões e um caminho a seguir", do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e; "Redução das desigualdades para a segurança alimentar e nutricional", pelo Painel de Alto Nível de Especialistas em Segurança Alimentar e Nutrição (HLPE-FSN) do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CFS).
As discussões sobre dados, análises e recomendações dos relatórios ajudam a moldar políticas públicas e soluções para lidar com esses problemas. O painel contou ainda com a participação da presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Luciana Servo, e de especialistas de organismos internacionais.
Assessoria de Comunicação – MDS