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Unidade do Exército na Região Amazônica vai investir R$ 17 milhões na compra de alimentos da agricultura familiar
Brasília – O Comando da 12ª Região Militar do Exército na Região Amazônica investirá R$ 17 milhões na aquisição de produtos da agricultura familiar. Serão comprados 56 tipos de alimentos, como carne, arroz, feijão, farinha, leite, macarrão, entre outros. A iniciativa contribui para impulsionar as pequenas produções e fornecer mais qualidade de vida aos trabalhadores rurais.
Para o secretário da Cooperativa Agropecuária Nova Amazônia (Coopana), Elizoneto Cardoso, a gama de oportunidades promovidas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) “foi uma das melhores coisas que aconteceram nos últimos anos para a agricultura familiar”. Cardoso, que trabalha no cultivo de hortaliças, lembra que conseguiu aumentar a variedade de suas produções graças aos investimentos viabilizados pelo PAA. “A cada dia que passa, os agricultores ficam mais empenhados em fazer o seu melhor para entregar os alimentos. Hoje eles podem reformar suas casas, construir poços, comprar um meio de transporte, aumentar suas hortas, porque o retorno vai vir. Então, a qualidade de vida está espetacular”, relata.
Abastecimento – Pela modalidade compra institucional, a chamada pública atenderá mais de 15 mil militares, distribuídos em 27 Organizações Militares e 17 Pelotões Especiais de Fronteira das Guarnições do Comando Militar da Amazônia. Além disso, alimentará um efetivo de 8 mil pessoas que acompanham a Assistência Emergencial promovida pela Operação Acolhida – que realiza a interiorização de refugiados venezuelanos em situação de vulnerabilidade.
De acordo com o coordenador operacional adjunto da Força-Tarefa Logística Humanitária das Forças Armadas, coronel Georges Feres Kanaan, o PAA possibilita que as Forças Armadas colaborem para impulsionar a produção agrícola, em especial no caso da região do Amazonas, que ainda não possui uma agricultura capaz de competir no mercado. “Com essas compras, nós queremos incentivar os trabalhadores e ajudar a melhorar suas produções, compensando essa perda de competitividade com as demais regiões do país”, pontua.
A coordenadora geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do Ministério da Cidadania, Hetel Santos, reforça que quando órgãos públicos como o Exército adquirem alimentos da agricultura familiar ajudam no desenvolvimento de pequenos produtores. Ela chama a atenção para o impacto dessa chamada pública - R$ 17 milhões: “Essa é uma oportunidade gigantesca. É muito importante que os empreendimentos da agricultura familiar conheçam esse edital, leiam todas as especificações técnicas demandadas e façam uma boa proposta para participar”.
Trabalhadores de todo o país podem participar dessa chamada pública. O envio de propostas deve ser feito até o dia 28 de março.
Saiba Mais
Atualmente, a legislação determina que pelo menos 30% dos alimentos adquiridos para abastecer órgãos federais venham da agricultura familiar. As chamadas públicas abertas pelo país estão disponíveis no portal
comprasagriculturafamiliar.gov.br
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Na modalidade Compra Institucional do PAA, cada agricultor pode vender até R$ 20 mil, por ano, para cada órgão comprador. Já para as cooperativas ou associações, o teto é de R$ 6 milhões por ano, por órgão comprador.
*Por Renata Garcia
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