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Segurança Hídrica
Sociedade civil e Governo Federal celebram avanços no Programa Cisternas
O Semiárido brasileiro, conhecido por sua resiliência e capacidade de produção de alimentos mesmo diante de condições climáticas adversas, foi palco nesta quarta-feira (18.09) do encontro para celebrar os avanços do Programa Cisternas. A Oficina de Monitoramento da Execução do Programa, realizada em Aldeia, Camaragibe (PE), reuniu representantes do governo, da sociedade civil e das comunidades beneficiadas para discutir os resultados alcançados e os desafios futuros na promoção da segurança alimentar e hídrica na região.
A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, destacou a relevância da parceria com a sociedade civil para o sucesso das políticas públicas. "A parceria com a sociedade civil é muito promissora e permite a política pública chegar mais longe. A sociedade civil e a participação social são fundamentais para que a política pública chegue da melhor maneira a quem mais precisa", afirmou a secretária do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, durante participação por videoconferência.
A oficina, que segue até quinta-feira (19.09), conta com uma programação com debates sobre temas como a defesa dos territórios, a produção de alimentos no Semiárido e a importância de políticas públicas que garantam a convivência sustentável com a região. O evento também serve como preparação para o X Encontro Nacional da Articulação Semiárido Brasileiro (EnconASA), que acontecerá em novembro.
Durante sua fala, a secretária Lilian Rahal também celebrou a retomada do Programa Cisternas, simbolizada por três grandes marcos: a volta do debate sobre essa política pública essencial; o reestabelecimento do diálogo com as organizações da sociedade civil, que são parceiras na execução do programa, e; a recomposição da equipe técnica de gestão do Programa, com a retomada do orçamento e das parcerias.
Ela ressaltou ainda a importância de trabalhar com tecnologias sociais e incluir a realidade de outros biomas, como demonstra a expansão do Programa Cisternas para a região Amazônica e o atendimento de demandas que têm surgido no Sul do país em função das mudanças climáticas.
Com a participação de representantes de 39 entidades, incluindo agricultores familiares, indígenas, quilombolas e técnicos de diversas áreas, a oficina visa também fortalecer a parceria entre Governo Federal e sociedade civil na construção de um futuro mais justo e sustentável para o Semiárido brasileiro.
Cícero Félix dos Santos, presidente da Associação Programa Um Milhão de Cisternas e da Coordenação Nacional da ASA (Articulação Semiárido Brasileiro), ressaltou a importância da participação social na construção do Programa Cisternas, que possibilitou a implementação de tecnologias de captação e armazenamento de água, transformando a realidade do Semiárido. "Nós saímos nos anos 90 de um milhão de mortos nas últimas secas, que aconteceu entre 80 e 90, para um milhão ou mais de um milhão de tecnologias de captação, armazenamento e gestão de água de chuva, água para beber e para produzir alimentos", frisou.
A diretora de promoção da Inclusão Produtiva Rural e Acesso à Água do MDS, Camile Sahb, reforçou a importância da parceria com a sociedade civil. "O Programa Cisternas depende fundamentalmente da parceria com a sociedade civil. São as entidades executoras que estão na ponta, que conhecem as famílias e a partir desse conhecimento, o Programa se retroalimenta produzindo novas tecnologias, conseguindo atender às famílias de maneira adequada, incorporando os conhecimentos locais", explicou.
Assessoria de Comunicação - MDS