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PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
Simpósio sobre prevenção ao suicídio e à automutilação tem participação do Ministério da Cidadania
Brasília –
No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado nesta terça-feira (10), o Ministério da Cidadania participou de um Simpósio para discutir ações para a área, esclarecer sobre doenças mentais e dialogar sobre a valorização da vida. O ministro da Cidadania, Osmar Terra, autor do projeto de lei sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, participou do evento. O debate ocorreu na Câmara dos Deputados e foi promovido pela Frente Parlamentar em Combate ao Suicídio e Automutilação.
Durante o simpósio, o ministro explicou que a política nacional torna obrigatória a notificação dos casos e prevê que as escolas e estabelecimentos de saúde notifiquem imediatamente às autoridades. Uma abordagem adequada às famílias, a sensibilização e a articulação intersetorial também são iniciativas propostas pela lei.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, em média, 11 mil casos de suicídio ocorrem por ano no Brasil. Para o ministro da Cidadania, o tema não deve ser tratado como um tabu e o setor público e a sociedade devem estar preparados para discutir o assunto e salvar vidas. “Precisamos ter uma estatística e poder localizar melhor onde o problema está se organizando e se agravando. A lei facilita a informação. Toda a sociedade tem que entender este fenômeno e todo o setor público tem que ter a informação, saber onde estão os maiores riscos”, disse Osmar Terra.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, também levantou a questão em relação às crianças e aos adolescentes. “Precisamos entender o que está acontecendo e precisamos encontrar essas respostas juntos. Nesse tema, vamos ter que esquecer as nossas diferenças partidárias, ideológicas e religiosas. Só vamos vencer este fenômeno com a unidade de todos, executivo, judiciário, legislativo e iniciativa privada”, apontou.
Segundo o deputado Lucas Gonzales, presidente da Frente Parlamentar em Combate ao Suicídio e Automutilação, o simpósio, que reuniu estudantes da rede pública do Distrito Federal e representantes de entidades que atuam no combate ao suicídio, tem o objetivo de propagar o tema e evitar que os índices cresçam ainda mais no Brasil. “Existe um estigma, um certo preconceito sobre as questões de saúde mental. Precisamos facilitar o acesso dessas pessoas a profissionais de saúde mental e encorajá-las a procurar a ajuda de um profissional”, avaliou o deputado.
Ações -
O secretário especial de Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Lelo Coimbra, esteve na abertura do evento. Ele colocou a rede de assistência social à disposição para atuar na prevenção ao suicídio e à automutilação. “A nossa responsabilidade de Estado neste momento é normatizar essa legislação e preparar nossa rede treinando e colocando à disposição da sociedade profissionais capazes de reconhecer o problema e ajudar que a dor da pessoa seja sanada. A pessoa não quer, ela quer acabar com a dor”, enfatizou.
Além disso, a Pasta tem se aproximado de entidades que atuam na prevenção ao suicídio, como a Associação Brasileira de Psiquiatra (ABP) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), além de ampliar a quantidade de vagas para tratamento em comunidades terapêuticas. Pesquisas na área de psiquiatria apontam a dependência química como o segundo maior fator de risco entre os casos de suicídio no Brasil – cerca de 22% dos casos, perdendo somente para transtornos de humor.
Neste ano, o governo quadruplicou a quantidade de vagas para tratamento de dependentes químicos ofertadas em comunidades terapêuticas, atingindo o financiamento de quase 11 mil postos. A Política Nacional Sobre Drogas é desenvolvida em conjunto pelos ministérios da Cidadania, Saúde, Justiça e Segurança Pública, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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