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Segurança Alimentar
Secretária de Combate à Pobreza e à Fome reforça importância dos sistemas de agroalimentares
Fotos: MDS
A produção de alimentos está diretamente ligada aos impactos na saúde das populações e a segurança alimentar depende da forma como a agricultura é conduzida e como os alimentos são produzidos, processados e distribuídos.
Foi a partir desta premissa que a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Valéria Burity, abriu sua fala no evento “Diálogo sobre sistemas agroalimentares para a segurança alimentar, nutrição e contra a pobreza - Brasil - Países Baixos”, realizado nesta terça-feira (14.05), em Brasília.
A atividade reuniu especialistas e autoridades do governo brasileiro, do Reino dos Países Baixos, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e outras instituições para debater sobre experiências inovadoras contra a insegurança alimentar.
“Desde a década de 1940, Josué de Castro já falava sobre a importância de associar as políticas agrícolas à saúde pública e hoje vemos que a situação do Rio Grande do Sul, por exemplo, é consequência direta das mudanças climáticas. É preciso associar os sistemas agroalimentares, a fome, a obesidade às mudanças climáticas”, disse Valéria Burity.
A secretária destacou ainda que as políticas agrícolas devem ter como objetivo central não apenas garantir a produção de alimentos em quantidade, mas também em qualidade, levando em consideração os efeitos na saúde das pessoas.
“Quando criamos o Brasil Sem Fome nos inspiramos nas experiências passadas do Governo Federal, como o Fome Zero e o Brasil Sem Miséria, mas estabelecemos um novo paradigma, que é combater a fome e reduzir as desigualdades com atenção às mudanças climáticas e à alimentação adequada e saudável”, prosseguiu.
No primeiro ano do atual governo, 24,4 milhões de pessoas saíram da situação de fome no país, conforme recordou Valéria Burity. “Seguimos como grande desafio tirar o Brasil do Mapa da Fome de forma definitiva e irreversível”.
O coordenador-geral do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional da Presidência da República (Consea), Marcos Aurélio Lopes, ressaltou que é preciso oferecer boas condições à agricultura familiar como estratégia para garantir a segurança alimentar.
“Temos que pensar em promover o consumo de alimentos naturais e minimamente processados e, para isso, é preciso promover a sociobiodiversidade dos sistemas agroalimentares”, frisou.
O evento, que ocorreu na embaixada do Reino dos Países Baixos, foi promovido de maneira conjunta pela representação do país no Brasil, Ministério das Relações Exteriores (MRE) e FAO no Brasil, com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Participaram, ainda, representantes do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica.
G20
O evento ocorre paralelamente à agenda do Encontro de Chefes Agrícolas dos países do G20 (G20 MACS), reunião anual das presidências das organizações de pesquisa agropecuária ligadas aos ministérios da Agricultura ou similares dos países do G20, com o objetivo de promover discussões com foco em pesquisa e desenvolvimento no âmbito da agricultura e para dar visibilidade global para questões de segurança alimentar, além de permitir colaborações futuras.
O G20 é um fórum mundial importante que discute aspectos da governança econômica global e juntas, suas nações representam cerca de 80% da economia mundial e têm dois terços da população do planeta. A representante do Brasil no G20 MACS é a Embrapa.
Assessoria de Comunicação - MDS