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Reunião dos ministros de Desenvolvimento Social do Mercosul avança no aperfeiçoamento de um plano de cuidados para a região
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou nesta quarta-feira (12.06) da 43ª Reunião de Ministros e Autoridades de Desenvolvimento Social do Mercosul (RMADS), que acontece em Assunção, no Paraguai. O encontro serviu para a Consultoria em Políticas de Cuidado do bloco sul-americano finalizar suas atividades.
O tema dos cuidados foi tratado durante a presidência brasileira pro tempore do bloco e pela atual liderança paraguaia. “Faço votos para que, na presidência uruguaia, que se avizinha no segundo semestre deste ano, consigamos dar início à convocação da Comissão Técnica de Cuidados e a realização do curso Mercosul de política de cuidados, dentre outras prioridades a serem estabelecidas”, projetou o ministro Wellington Dias, para enfatizar que o Brasil finalizará, nos próximos meses, uma Política e um Plano Nacional de Cuidados.
Faço votos para que, na presidência Uruguaia, que se avizinha no segundo semestre deste ano, consigamos dar início à convocação da Comissão Técnica de Cuidados e a realização do curso Mercosul de política de cuidados, dentre outras prioridades a serem estabelecidas”
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
A Consultoria em Políticas de Cuidado entregou dois produtos específicos: o "Relatório de Antecedentes e Diagnóstico das Necessidades de Treinamento em Cuidados no Mercosul" e a "Proposta de Currículo para um Curso de Alto Nível sobre Atenção e Políticas Públicas no Mercosul".
Na reunião, também foi aprovada junto ao Instituto Social do Mercosul (ISM) a implementação do projeto Tríplice Fronteira, em colaboração com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). O objetivo é coletar evidências, levando em conta as particularidades do ciclo de vida e os principais desafios, que sirvam para a formulação de políticas voltadas para adolescentes e jovens em áreas de tríplice fronteira e para promover maiores investimentos pelo desenvolvimento dessa população.
O ministro brasileiro destacou a importância da retomada do ISM para o desenvolvimento de políticas públicas amparadas em evidências científicas e que as trocas de ministros e governos não podem afetar a memória institucional do Mercosul. “Não podemos deixar que os anos de restrição orçamentária e escassez de recursos humanos, que o Instituto Social do Mercosul atravessou, nos ceguem para a importância dessa instituição”, refletiu o titular do MDS.
“Ela tem que ser uma instituição permanente que ajude a imprimir coerência e consistência aos nossos trabalhos ao longo do tempo, além de reunir capacidade para levar adiante iniciativas que decidamos conjuntamente, independentemente das presidências de turno”, completou.
O ministro de Desenvolvimento Social do Paraguai, Miguel Rojas, destacou a importância da troca de experiências entre os países e os avanços na política de cuidados. “Ficamos felizes por, sob nossa presidência, conseguirmos concluir o diagnóstico das necessidades de treinamento em cuidados no Mercosul e, com isso, também lançar a proposta de currículo para a formação de um curso de alto nível nesta área”, disse o ministro ao frisar que as melhorias na área de cuidados depende da qualificação das pessoas envolvidas.
A diretora do Instituto Social do Mercosul, Mariana Penadés, falou da atuação independente do ISM e destacou sua importância ao trabalhar com diferentes organizações e países para aglutinar boas iniciativas. “O Instituto está aqui para somar esforços e, de forma isenta, colher o que há de melhor em cada região, independente de suas formações ou posições políticas. Queremos contribuir com o desenvolvimento e a integração em nossa região”, declarou.
Outra prioridade na agenda do representante brasileiro na RMADS foi reunir apoio para a proposta brasileira na presidência do G20 de formar uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. “Aqui é um órgão técnico preparatório para reunião de cúpula dos presidentes dos países do Mercosul. Aprovamos a prioridade na política de cuidados e também a proposição favorável pela Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, pontuou Wellington Dias.
Para o titular do MDS, o apoio do bloco sul-americano é importante na mobilização de recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas que sirvam para outras nações erradicarem a fome e a pobreza. Wellington Dias ressaltou que o Brasil pode contribuir com experiências exitosas, lembrando que 24,4 milhões de pessoas saíram da situação de fome no país em 2023.
“A experiência do Brasil com políticas sociais abrangentes, como o Bolsa Família, demonstra claramente o impacto positivo que medidas bem planejadas e implementadas podem ter na vida dos mais necessitados. A Aliança Global será aberta a todos que quiserem aderir, não apenas aos países do G20”, disse o titular do MDS, que fez o convite para que os membros do Mercosul apoiem a iniciativa brasileira. A expectativa é que a Aliança seja aprovada em novembro desse ano, quando o Brasil sediará a Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo do G20.
Assessoria de Comunicação - MDS