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Projeto piloto do Auxílio Inclusão em Santa Catarina será expandido para outros estados
A partir da experiência positiva do projeto piloto do Auxílio Inclusão no município de São João Batista, em Santa Catarina, o Governo Federal pretende ampliar a metodologia utilizada para todo o Brasil. Representantes do município e do estado estiveram no Ministério da Cidadania nesta terça-feira (09.11) para apresentar os resultados da iniciativa.
O Auxílio Inclusão é um incentivo de meio salário mínimo (atualmente R$ 550) pago a pessoas com deficiência que recebem o BPC e que ingressam no mercado de trabalho. “O objetivo é promover a emancipação desses cidadãos, para que sejam independentes de programas sociais, garantindo a segurança de renda. Agora, eles terão a remuneração do seu trabalho e mais esse suporte”, destacou o ministro da Cidadania, João Roma.
No primeiro mês de vigência do projeto piloto, 45% das pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) em São João Batista e que demonstraram interesse em entrar no mercado de trabalho, conseguiram um emprego.
“É muito importante para nós acompanhar de perto o projeto para que, por meio do que está acontecendo no município, tenhamos a expertise para orientar outros estados e municípios de como fazer isso”, frisou a secretária nacional da Assistência Social (SNAS) do Ministério da Cidadania, Maria Yvelônia Barbosa.
“O resultado das ações em São João Batista é muito positivo. Baseado na articulação feita por eles é que vamos poder expandir para todo o território nacional as orientações e os processos para avançarmos com o Auxílio Inclusão”, completou o diretor do Departamento de Benefícios Assistenciais da SNAS, André Veras.
O projeto piloto é fruto de uma parceria entre os governos federal, estadual e municipal, entidades de assistência social e a iniciativa privada. As equipes dos Centros de Assistência Social (CRAS) visitaram as 80 pessoas com deficiência do município que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Desse total, 20 demonstraram interesse em ingressar no mercado de trabalho e migrar para o Auxílio Inclusão.
Os interessados responderam a um questionário destacando suas habilidades para que fossem direcionados às vagas correspondentes. Em um mês, nove candidatos conseguiram trabalho, seis estão em processos seletivos e cinco começam no emprego em 2022. Foi construído um posto de atendimento do INSS no município para facilitar a entrada da documentação.
Parcerias
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) da cidade catarinense integra o projeto e faz o acompanhamento das famílias com indivíduos que ingressaram no Auxílio inclusão. A Secretaria de Desenvolvimento Social de Santa Catarina e o Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista (SINCASJB), que tem mais de 150 cadastrados, são outros parceiros fundamentais. São quatro empresas do setor que disponibilizaram vagas às pessoas com deficiência do Auxílio Inclusão, além de um hospital, que abriu postos de trabalho recentemente.
“Esse é o diferencial do projeto: analisar as habilidades de cada um e casar com as vagas disponíveis para aumentar as chances de manter o funcionário empregado”, afirmou a secretária municipal de Assistência Social, Rúbia Tamanini. Segundo ela, o que resume os bons resultados do projeto é a articulação. “Não teríamos braços suficientes sem a parceria de todos e da iniciativa privada”, completou.
No entanto, além da importância de se disponibilizar as vagas, ações para a inclusão das pessoas com deficiência também são relevantes para a manutenção dos empregos. “Pensando nisso, reunimos a equipe de assistência social, motoristas, serviços gerais, todos envolvidos, funcionários das empresas, RH, e fizemos uma capacitação, de como ter a linguagem mais correta, tendo o cuidado de explicar, tirar dúvidas e desenvolvendo técnicas de empatia”, explicou Rúbia Tamanini.
Para um benefício maior à iniciativa privada e aos usuários, está sendo criado um selo pelo Ministério da Cidadania, que vai funcionar como um certificado, a ser entregue para as empresas que contratam pessoas com deficiência pelo Auxílio Inclusão. “Sabemos que isso também vai agregar um valor ao produto, para que as pessoas vejam que é uma empresa que inclui, assim como existe o selo das empresas que resistem ao trabalho infantil”, afirmou Maria Yvelônia.
Algumas cidades catarinenses e baianas já demonstraram interesse em implantar o projeto piloto em seus territórios. “Pretendemos continuar mobilizando os atores desse projeto para possibilitarmos que o maior número de pessoas possa conhecer e acessar o Auxílio Inclusão”, concluiu a secretária nacional de Assistência Social.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania