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Notícias
Outubro, mês da alimentação saudável
Rafael Barros, bolsista da Fiocruz, que faz parte da equipe de implantação do projeto, destacou que o espaço serve para construir a formação de vínculos, de contato com a terra, de troca de saberes e de receitas. “É uma prática muito interessante para a formação de vínculos e trabalhar a saúde a partir do contato e do cuidado com a terra”, pontuou.
Para Aparecida Guerra, usuária da UBS que participa ativamente do projeto todas as semanas, a experiência “é muito boa porque, além do aprendizado, a gente tem essa comunidade de amizade, de tranquilidade.” Opinião compartilhada por Mário Machado, que também participa do Hamb. “Eu penso que é uma retribuição que eu tenho que fazer pelo posto de saúde, pelo que ele faz por nós, a sociedade, a comunidade”.
A iniciativa é uma das experiências de agricultura urbana e periurbana nos serviços de saúde (SUS) e assistência social (SUAS) mapeada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio da Embrapa Hortaliças. O objetivo é identificar, selecionar e divulgar experiências bem-sucedidas para contribuir na elaboração de estratégias de implementação dessas iniciativas.
“As hortas urbanas e hortos medicinais dentro de unidades de saúde ou dentro dos Centros de Referência de Assistência Social, os CRAS, compõem essa ideia de Equipamentos Públicos de Promoção da Alimentação Saudável. A ideia é que a promoção da alimentação saudável se dá nos diversos espaços de formação, oferta e consumo de alimentos”, ressaltou Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
Em abril, o MDS deu início ao processo de mapeamento de experiências em agricultura urbana e periurbana nos serviços de saúde e assistência social. O processo de seleção das experiências começou em julho, quando a equipe técnica revisou e analisou as propostas, avaliando sua adequação ao eixo temático escolhido, além de verificar o cumprimento dos requisitos e condições estabelecidos. No total, foram recebidas 96 experiências, das quais 43 foram selecionadas. Elas serão publicadas em um e-book que será lançado pelo MDS em 2025.
Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana
Dentro do aspecto da desnutrição, além da fome, a obesidade é um problema social que atinge de forma desigual a população mais vulnerável. Um conjunto de evidências aponta que os sistemas alimentares hegemônicos em ambientes não saudáveis favorecem o acesso, a disponibilidade e o consumo dos alimentos ultraprocessados, que estão diretamente relacionados com obesidade, doenças crônicas e mortes precoces.
Na Estratégia de Prevenção da Obesidade do MDS, encaixam-se projetos como das hortas urbanas, que fazem parte do Programa de Agricultura Urbana e Periurbana (AUP), relacionado à atividade agrícola e pecuária desenvolvida nas áreas urbanas e periurbanas e integrada ao sistema ecológico e econômico urbano, destinada à produção e à extração de alimentos e de outros bens para o consumo próprio ou para a comercialização.
“Os ultraprocessados não devem fazer parte dos programas públicos de alimentação e dos espaços de oferta de alimentação, especialmente para crianças e públicos mais vulneráveis. Então, as hortas urbanas entram no espaço escolar, tanto como hortas pedagógicas como também espaços de produção e oferta de alimento saudável. E entram nos Centros de Referência de Assistência Social, os CRAS, e nas Cozinhas Solidárias, que têm a horta ao lado desses espaços, tanto para oferta de alimentos para a comunidade como para abastecer o preparo de refeições”, exemplificou Lilian Rahal.
O Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana abrange todas as etapas de produção, processamento, distribuição e comercialização de alimentos, plantas medicinais, plantas aromáticas e ornamentais, fitoterápicos e insumos, tanto para o autoconsumo quanto para a comercialização. Também inclui processos de gestão de resíduos orgânicos.
Além disso, o programa tem objetivos como promover, desenvolver e conscientizar sobre os impactos da agricultura urbana e periurbana nas cidades, desde a agricultura sustentável até o combate à insegurança alimentar decorrente das desigualdades sociais relacionadas a raça, etnia e gênero.
A realização das ações é articulada entre os Ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Trabalho e Emprego, visando uma abordagem conjunta, cooperativa e transparente na implementação, avaliação e monitoramento do Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana.
Assessoria de Comunicação - MDS