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Cooperação internacional
Programa Cisternas: MDS exporta conhecimento ao Quênia
O Programa Cisternas, que promove o acesso à água por meio de tecnologias sociais, se fortalece no Brasil e ganha espaço em outros países. Uma equipe do MDS esteve no Quênia, neste mês, para desenhar a implementação de cisternas na região semiárida do país. A iniciativa faz parte de uma parceria, com investimentos de cerca de US$ 100 mil, entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
“A cisterna brasileira tem imenso potencial para mudar a realidade das comunidades quenianas que sofrem com a falta de acesso à água e com os efeitos das mudanças climáticas", explicou o coordenador-geral de Acesso à Água do MDS, Vitor Leal Santana. “A perspectiva é que as atividades sejam iniciadas ainda em 2024, viabilizando a implementação de cisternas no fim de 2024 ou início de 2025", completou.
A cisterna brasileira tem imenso potencial para mudar a realidade das comunidades quenianas que sofrem com a falta de acesso à água e com os efeitos das mudanças climáticas"
coordenador-geral de Acesso à Água do MDS, Vitor Leal Santana
Ao longo de cinco dias, técnicos do Brasil estiveram em escolas de três diferentes comunidades do Quênia, nos condados de Kajiado, Nyeri e Baringo. Também foram realizadas atividades com o governo queniano e órgãos locais responsáveis por lidar com emergências climáticas no país.
Mercy Sikamoi é uma das professoras das escolas que foram visitadas pela equipe brasileira. "Estamos felizes porque, quando implementarmos o projeto de água, iremos ajudar nossa escola. Vamos ajudar, especialmente, nossos alunos a se manterem nas salas de aulas porque água é vida", comemorou.
Além disso, destacou que a iniciativa permitirá acesso à alimentação de qualidade. "Teremos uma fazenda em nossa escola e vamos conseguir comida para nossos alunos. A taxa de registro dos alunos vai subir. Eles vão aprender e eles vão prosperar", salientou.
Mercy avalia que este projeto também poderá ter efeito multiplicador na sociedade. "No futuro, os alunos aplicarão o mesmo projeto em nossa sociedade, vai melhorar o padrão de vida. É um projeto bem-vindo. Estamos felizes por ter nossos parceiros hoje e para sempre", finalizou.
O coordenador Vitor Leal Santana lembra que o Programa Cisternas é alvo de dezenas de pesquisas que evidenciam impactos na trajetória de vida de um indivíduo, com efeitos sobre saúde, renda e capacidade de adaptação as mudanças climáticas. "Avaliamos que os mesmos efeitos possam ser obtidos na experiência de implementação de cisternas em outros países, a exemplo do Quênia", comentou.
A expectativa é que a cooperação com o governo queniano sirva de referência e seja replicada em outros países com contexto climático e social semelhantes ao semiárido brasileiro, no âmbito da Aliança Global Contra a Fome. O Quênia é o primeiro país com o qual o Brasil tem trabalhado para replicar essa experiência de captação e armazenamento de água de chuva desde 2023.
O MDS considera os projetos de cooperação Sul-Sul fundamentais para promover o desenvolvimento mútuo entre os países envolvidos. A cooperação técnica Sul-Sul abrange a construção, implementação e gestão conjunta de projetos e atividades, realizadas em parceria entre as nações. Esses projetos são desenvolvidos por meio do envolvimento direto e ativo das instituições cooperantes, tanto no Brasil quanto nos países parceiros, desde a fase de planejamento até a avaliação final dos resultados.
Assessoria de Comunicação – MDS