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Polícia Federal realiza operação de combate a fraudes no Auxílio Emergencial em Mato Grosso
Foto: Comunicação Social da Polícia Federal em Mato Grosso
A Polícia Federal prendeu em flagrante, nesta segunda-feira (11.04), duas mulheres suspeitas de envolvimento em fraudes no Auxílio Emergencial, benefício criado pelo Governo Federal para atenuar as dificuldades socioeconômicas enfrentadas pela população mais vulnerável do país durante a pandemia do novo coronavírus.
A operação é resultado da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial, criada para investigar e reprimir crimes do tipo. A iniciativa reúne a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Ministério da Cidadania, a Caixa Econômica Federal, a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e a Receita Federal.
O Ministério da Cidadania é responsável por receber e tratar denúncias e repassar as informações para a ação dos demais órgãos no combate aos crimes relacionados aos pagamentos do benefício.
As suspeitas são funcionárias de uma empresa terceirizada que presta serviços em uma agência da Caixa Econômica Federal em Várzea Grande (MT) e participavam do esquema alterando os e-mails no cadastro dos clientes.
Para realizar as alterações nas contas, as mulheres usavam o token de um gerente da agência antes de sua chegada ao trabalho. A partir das alterações nos e-mails dos clientes, as suspeitas tinham acesso às contas dos clientes pelo aplicativo Caixa Tem, alteravam a senha e passavam a fazer transações bancárias como pagamento de boletos, transferências e PIX.
Apenas na segunda-feira (11.04), foram alterados os cadastros de mais de 120 clientes do banco. A Polícia Federal está investigando os responsáveis pelos saques e fornecimento dos CPFs dos beneficiários do Auxílio e que repassavam às suspeitas o pagamento pelas alterações realizadas no sistema.
As contas fraudadas eram apenas de homens beneficiários do Auxílio Emergencial por serem pais solteiros ou chefes de família, que criam filhos sozinhos, sem cônjuge, companheiro ou companheira.
Durante a prisão, dentro da agência, uma das mulheres estava com R$ 3 mil em espécie e confirmou aos policiais que tinha acabado de receber esse dinheiro proveniente do esquema criminoso. A outra mulher entregou quase R$ 50 mil que estavam em sua casa. Além do dinheiro em espécie, foram apreendidos documentos, celulares e uma lista com nome e CPFs das vítimas.
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania, com informações da Comunicação Social da Polícia Federal