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Polícia Federal realiza operação de combate a fraudes no Auxílio Emergencial
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
A Policia Federal deu início à Operação Decipit, nesta segunda-feira (21.03), com o objetivo de reprimir a ação de uma organização criminosa especializada em fraudes no Auxílio Emergencial. O benefício foi criado pelo Governo Federal para atenuar as dificuldades socioeconômicas enfrentadas pela população mais vulnerável do país durante a pandemia do novo coronavírus.
A operação é resultado da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial, criada para investigar e reprimir crimes do tipo. A iniciativa reúne a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Ministério da Cidadania, a Caixa Econômica Federal, a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e a Receita Federal. O Ministério da Cidadania é responsável por receber e tratar denúncias e repassar as informações para a ação dos demais órgãos no combate aos crimes relacionados aos pagamentos do benefício.
Na ação desta segunda-feira, cerca de 60 policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Angra dos Reis (RJ), Barueri (SP) e Carapicuíba (SP). Segundo a PF, o prejuízo causado pelo grupo pode chegar a R$ 1 milhão.
As investigações apontam que a organização utilizava listas de pessoas, publicadas nos sites dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s), que não votaram nas últimas três eleições. Com as informações, os suspeitos captavam dados em sites privados e faziam o cadastro no portal do Governo Federal. Em seguida, eles faziam o requerimento indevido do benefício pelo aplicativo Caixa Tem.
As investigações também constataram que os suspeitos recorriam a outras fraudes como o cadastramento de chips de celular em nome dos beneficiários, para dar aparência de que o cadastro para o Auxílio Emergencial era verdadeiro.
O suspeito de liderar a organização criminosa foi preso em flagrante por falsificação de documento, no bairro de Santíssimo, no Rio de Janeiro. Em 2016, ele havia sido preso pela Polícia Civil do Paraná pelos crimes de estelionato e falsificação de documentos. Outras cinco pessoas são investigadas e podem responder pelos crimes de estelionato qualificado pela fraude eletrônica, falsificação de documento público e organização criminosa, que, somados, podem chegar a mais de 20 anos de reclusão.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania, com informações da Polícia Federal