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Combate à fome
Plenária do Consea discute mudanças climáticas e segurança alimentar no RS
Precisamos mergulhar na discussão sobre as mudanças climáticas e o seu impacto direto na soberania e segurança alimentar, especialmente diante do que está acontecendo no Rio Grande do Sul"
ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias
A mesa de abertura da 2ª Plenária Ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) deu foco às questões ambientais e nutricionais no Rio Grande do Sul. No encontro, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, falou sobre as ações da pasta que estão em andamento para amenizar os impactos causados no estado gaúcho.
“Precisamos mergulhar na discussão sobre as mudanças climáticas e o seu impacto direto na soberania e segurança alimentar, especialmente diante do que está acontecendo no Rio Grande do Sul”, ressaltou o Wellington Dias. “Estamos atentos aos territórios e grupos que mais têm sofrido com eventos extremos que decorrem das mudanças climáticas”, complementou.
O ministro também destacou o impacto da crise climática no aumento da fome e da desnutrição, de modo geral, e defendeu que práticas agrícolas sustentáveis devem ser promovidas para compatibilizar a produção de alimentos saudáveis com a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Na área social, para o estado gaúcho, o Governo Federal está disponibilizando R$ 807,2 milhões em ajuda humanitária, incluindo antecipação do pagamento do Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC), Auxílio Gás, envio de cestas de alimentos, kits de higiene e limpeza, roupas, colchões e lençóis, além de mobilizar a rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas).
Durante o evento, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, ressaltou que a participação da sociedade civil por meio do Consea é fundamental para a construção das políticas públicas de enfrentamento à fome e à pobreza. “Temos que aprofundar a participação da sociedade no governo para ajudar na construção das políticas públicas para o conjunto da população, sempre com prioridade daqueles que mais precisam”, pontuou.
Já a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, lembrou que a discussão sobre as mudanças climáticas é urgente. “Nós sempre falamos que nós, povos indígenas, somos os maiores guardiões da terra, dos biomas e sempre fomos os mais impactados pelas mudanças climáticas e sempre dissemos que esses impactos chegariam para todo mundo se não houvesse uma mudança. Hoje já estamos vivendo isso, com a situação catastrófica do Rio Grande do Sul”, disse.
Para a agricultora familiar e líder da juventude do Polo da Borborema, em Queimadas na Paraíba, Adailma Ezequiel, a agricultura familiar é um dos principais caminhos para o enfrentamento às mudanças climáticas. “Queremos nossas riquezas para garantir a vida em nosso território e não para países estrangeiros”, disse.
Segurança Alimentar
“Os resultados positivos da EBIA de 2023 mostra que estamos no caminho certo para superar a pobreza. Vamos continuar aprimorando a política econômica e as políticas sociais no Brasil Sem Fome e no Plano de Segurança Alimentar para continuarmos avançando”, pontuou.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nas últimas semanas, revela que em 2023 a insegurança alimentar grave voltou aos patamares mais baixos da série histórica. O levantamento foi realizado com base na metodologia da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA).
A secretária Extraordinária de Combate à Fome e à Pobreza, Valéria Burity, avaliou os avanços apontados pela PNAD-C e falou sobre os desafios do Governo Federal no enfrentamento à fome. “Estamos criando um sistema de vigilância em segurança alimentar e nutricional, no âmbito do Sisan, que é uma novidade no Brasil Sem Fome e é muito importante para chegarmos aos territórios mais afetados pela fome”, disse. “Por isso, é fundamental divulgar esses números da PNAD-C, tivemos uma conquista histórica”, acrescentou.
Valéria destacou a importância da Rede Penssan, que realizou as pesquisas com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) no momento em que o Governo Federal anterior não realizou pesquisas. “Houve não só um retrocesso, mas também um apagão de dados e o trabalho da Rede Penssan foi muito importante nesse período. Hoje celebramos o retorno das pesquisas, da parceria com o IBGE”, finaliza.
Também participaram da mesa de abertura da plenária a presidenta do Consea, Elisabetta Recine, e a secretária de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Lilian Rahal.
Assessoria de Comunicação – MDS