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Plantar tecnologia para colher o futuro
Lindóia do Sul (SC) - “É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias.” A frase é do físico alemão Albert Einstein e, de certa forma, pode traduzir a origem de um projeto do pequeno município agrícola de Lindóia do Sul, no meio-oeste catarinense: o Lindóia Tech .
A iniciativa foi criada pela prefeitura como uma estratégia diferenciada para incentivar o empreendedorismo e mudar os indicativos de pobreza, principalmente entre os jovens das famílias de baixa renda. Um dos finalistas do Prêmio Progredir, o Lindóia Tech também recebeu, em 2018, a certificação de Projetos Inovadores no Congresso Catarinense de Cidades Digitais. A origem de tudo? O desemprego provocado pelo fechamento das duas maiores agroindústrias da cidade, que tem pouco mais de quatro mil habitantes.
A resposta foi investir nos mais jovens e formar mão de obra capacitada para lidar com os desafios futuros no município. A ideia seria aperfeiçoar, educar, ensinar e expor ferramentas aos alunos no contra turno escolar, desenvolvendo capacidades e orientando caminhos diferentes daqueles mais tradicionais, antes traçados no município. “Precisávamos desenvolver e criar uma livre iniciativa de conhecimento para ampliar as oportunidades da juventude lindoiense”, ressalta o prefeito, Genir Loli, mentor do projeto.
Diante da necessidade, decidiu-se investir em crianças a partir do 5º ano escolar. Para ajudar no desenvolvimento do projeto com dados e informações, foi estabelecida uma parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e o Serviço Social da Indústria (Sesi). Assim, nascia o Lindóia Tech .
Ao longo de 2018, com o reconhecimento tanto de premiações quanto da própria comunidade, a iniciativa passou por uma fase de implantação e adequação para se ajustar à realidade local. Agora, a ideia começa a sair do papel e já faz alguns jovens sonharem mais alto.
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Estudantes - Um dos pontos-chave do projeto é obter a atenção dos jovens em uma fase de mudanças e transformações: a pré-adolescência. Por isso, a primeira turma conta com quase 50 alunos do 5º ano das escolas públicas do município. Um deles é o estudante João Victor Restelatto, de 10 anos, do Núcleo Educacional Ottaviano Nicolao.
Segundo ele, a participação no projeto também foi apoiada em casa. “Meu pai gostou da ideia e eu já estou com vontade de aprender sobre engenharia robótica. Essa tecnologia que querem trazer para nossa cidade é muito boa para ajudar nos planos futuros”, entende o estudante.
O objetivo é ofertar educação tecnológica, em contraturno escolar, por meio de oficinas profissionalizantes em robótica, automação industrial e processamento de dados para estimular os alunos na procura de profissões em áreas tecnológicas. O projeto ainda prevê a formação e capacitação de professores do ensino público em tecnologia e inovação.
O planejamento é para que, em 2018, apenas alunos do 5º ano participem. Em 2019, os cursos serão voltados para os do 5º e do 6º ano e, assim, gradativamente, até alcançar as turmas do 9º ano. Com o andamento do Lindóia Tech , o objetivo é qualificar e preparar em torno de 340 jovens por ano, entre a faixa etária de 10 anos a 17 anos.
Hoje, o programa é patrocinado inteiramente pela prefeitura. O custo gira em torno de R$ 80 mil a R$ 100 mil por ano, valor considerado baixo pelo prefeito Genir Loli, que está em busca de parcerias para continuar o processo de desenvolvimento e implementação. “Por enquanto estamos arcando com tudo, mas vamos atrás para desenvolver. Não vamos parar. Daremos continuidade a esse projeto”, garante ele.
*Por Diego Queijo
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