Notícias
Auxílio Brasil
PF prende no interior do Amazonas suspeitos de reter cartões do Auxílio Brasil para cobrar empréstimos abusivos
Foto: Divulgação/PF
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (25.10) a Operação Katecho. Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de Guajará, no interior do Amazonas. Quarenta policiais federais foram mobilizados para investigar a retenção de cartões do Auxílio Brasil por comerciantes da cidade, em troca de mercadorias e de empréstimos com juros abusivos de até 30% ao mês. Há relatos de ameaças aos beneficiários.
A investigação teve início a partir de denúncias de moradores. Além da retenção de cartões do programa de transferência de renda do Ministério da Cidadania, existem relatos de que benefícios previdenciários de moradores e de indígenas eram retidos pela suposta quadrilha. As investigações captaram ainda ameaças de traficantes e até de policiais militares para inibir que os contemplados pelo Auxílio Brasil fizessem as denúncias.
Os infratores são investigados por apropriação indébita, estelionato e extorsão, além do delito de usura, tipificado como crime contra a economia popular. O nome da operação – Katecho – é palavra grega que significa “reter com firmeza, possuir, deter”, uma referência ao modus operandi dos investigados.
Empréstimo consignado
Em entrevista ao programa Voz do Brasil, nesta terça-feira (25.10), o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, fez elogios à operação da Polícia Federal e explicou que, agora, os beneficiários do Auxílio Brasil passaram a ter uma ferramenta para se defender desse tipo de situação.
Com a implementação do crédito consignado para os inscritos no Auxílio Brasil, mais de 21 milhões de famílias passaram a ter acesso ao mercado formal de crédito. “Antes os beneficiários acabavam nas mãos de agiotas e de traficantes, como esses presos na operação da Polícia Federal. Agora, com o crédito consignado, eles acessam o dinheiro a juros mais baixos e garantem sua autonomia, sua liberdade", afirmou Ronaldo Bento.
Pelas regras do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, as instituições bancárias podem adotar juros de no máximo 3,5% ao mês e não podem cobrar qualquer taxa adicional para a abertura de crédito. O prazo máximo de pagamento é de 24 meses e a parcela máxima a ser comprometida pelo beneficiário é de R$ 160 ao mês. As instituições bancárias também são responsáveis por prestar informações sobre crédito consciente e educação financeira para os integrantes do programa de transferência de renda do Ministério da Cidadania.
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania, com informações da Polícia Federal