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PAA começa a ser executado em Boa Vista
Boa Vista (RR) - Mais de 60 agricultores familiares vão vender seus produtos para a prefeitura de Boa Vista (RR) por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade compra com doação simultânea, coordenado pelo Ministério da Cidadania. Serão investidos R$ 400 mil na primeira operação do programa no município, que beneficiará 11 entidades conveniadas. O ministro da Cidadania, Osmar Terra, participou da cerimônia de lançamento do programa, nesta quinta-feira (17), organizada pela prefeita de Boa Vista, Teresa Surita. O evento contou ainda com a presença do senador Romero Jucá e de autoridades locais.
Terra destacou que o PAA promove a articulação entre a produção da agricultura familiar e as demandas locais, além de incentivar a economia. “O PAA cria um ciclo virtuoso pra melhorar a vida do pequeno produtor e as pessoas que precisam de alimento. Ele ajuda os agricultores a colocarem no mercado produtos que talvez eles não teriam condições de comercializar e, ao mesmo tempo, oferece uma alimentação saudável para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade social”, disse.
Os alimentos comprados serão distribuídos pela prefeitura para entidades da rede socioassistencial. Os produtos serão adquiridos semanalmente, garantindo o fortalecimento da agricultura familiar e das instituições que atendem mais de 2,3 mil famílias que vivem em áreas vulneráveis do município.
Para a prefeita Teresa Surita, a adesão da capital ao PAA garante que, a partir de agora, pessoas de baixa renda tenham acesso a alimentos saudáveis e de boa qualidade, direto dos produtores rurais. “Por meio da parceria com o Ministério da Cidadania, oferecemos aos produtores a garantia de venda e o repasse dos alimentos para os que mais precisam.”
Valorização - A produtora rural Dalva Conceição da Silva faz parte de uma associação de agricultores familiares de Boa Vista que colhem, em média, 54 toneladas de batata doce, a cada quatro meses. Ela vê a iniciativa do governo local de aderir ao PAA como uma garantia de renda para a família. “Agora, tenho a certeza de que vou vender o meu produto. Posso trabalhar e mostrar aos meus filhos o valor do homem do campo, que produz o alimento de uma população inteira”, afirmou, orgulhosa.
Uma das entidades beneficiadas é o programa Família que Acolhe, que atende famílias de baixa renda com crianças de até seis anos que recebem o Bolsa Família e garante acesso à saúde, à educação e ao desenvolvimento social, de forma integrada. A Neirilaine Castro é mãe do Kevin Luca, de 1 ano e 11 meses, e participa do programa. Durante o evento, ela recebeu uma cesta com produtos da agricultura familiar, incluindo frutas, legumes e verduras que farão parte do cardápio da família. “Fiquei muito feliz em receber os produtos, pois é saudável para o meu filho e vai garantir uma alimentação mais adequada para toda a minha família”, comemorou.
Durante o evento, a prefeitura municipal lançou ainda Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio, que tem como objetivo gerar resultados econômicos e impulsionar a economia local por meio do fomento à agricultura familiar.
Para a superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de Roraima, Maria Darcy de Almeida Xavier, o agricultor familiar ganha protagonismo na economia do município. “Com o investimento do governo federal por meio do PAA, o produtor amplia o seu leque de negócio, podendo vender também para o PAA municipal”. Atualmente, a Conab/Roraima opera um orçamento do PAA de R$ 2,57 milhões, atendendo 377 agricultores familiares, que entregam mais de 1.355 toneladas de produtos, beneficiando cerca de 49 mil pessoas em situação de insegurança alimentar.
Saiba Mais:
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) compra alimentos produzidos pela agricultura familiar, com dispensa de licitação, e os destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. A execução é feita por estados e municípios, em parceira com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com recursos federais por meio de seis modalidades. Na Compra com Doação Simultânea, por exemplo, os alimentos são doados para equipamentos da rede socioassistencial, como creches, escolas, hospitais. Cada agricultor pode vender até R$ 6,5 mil por ano nessa modalidade.
*Patrícia Alencar e Carolina Graziadei
Informações para a imprensa:
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