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Operação Acolhida supera 72,6 mil venezuelanos interiorizados
Foto: Matheus Bacelar/ Min. Cidadania
O mês de março de 2022 terminou com 2.268 venezuelanos interiorizados no Brasil a partir de ações do Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização de Imigrantes em Situação de Vulnerabilidade, que tem o Ministério da Cidadania como protagonista.
Os números retratam a postura do Governo Federal Brasileiro de não se furtar a dar um auxílio essencial aos irmãos venezuelanos que buscam em nosso país uma chance de retomar as suas vidas em função da grave crise humanitária no país vizinho”
Ronaldo Bento, ministro da Cidadania
Com isso, desde abril de 2018, já são 72.696 beneficiários da estratégia que permite aos cidadãos do país vizinho recomeçarem a vida no Brasil. Desse total, 67.724 (93%) foram interiorizados na atual gestão do Governo Federal, desde 2019. O total de 2022 chega a 6.439.
Na contabilidade geral por estados, o Paraná lidera o ranking de acolhimento de venezuelanos, com 12.651 interiorizações, seguido por Santa Catarina (12.217), Rio Grande do Sul (10.578), São Paulo (10.016) e Amazonas (5.329).
Já na divisão por municípios, Manaus (AM) é o que mais recebeu venezuelanos. São 5.284 registros na capital amazonense. Na sequência aparecem Curitiba-PR (4.918), São Paulo-SP (4.102), Dourados-MS (3.128) e Porto Alegre-RS: 2.362. Ao todo, 810 municípios do país receberam venezuelanos pela estratégia de interiorização.
“Os números retratam a postura do Governo Federal Brasileiro de não se furtar a dar um auxílio essencial aos irmãos venezuelanos que buscam em nosso país uma chance de retomar as suas vidas em função da grave crise humanitária no país vizinho”, afirma o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.
O Ministério da Cidadania lidera o Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização e é responsável pela articulação com estados e municípios para garantir que os imigrantes e refugiados sejam inseridos nos serviços socioassistenciais nos municípios de destino.
Operação Acolhida
A interiorização é um dos eixos da Operação Acolhida, estratégia pública do Governo Federal para garantir a recepção humanitária daqueles que precisaram sair do país vizinho e que envolve nove ministérios: Cidadania, Defesa, Justiça e Segurança Pública, Mulher, Família e Direitos Humanos, Relações Exteriores, Saúde, Educação, Trabalho e Previdência e Economia, além da Secretaria de Governo da Presidência da República.
A Operação Acolhida e a interiorização também envolvem o apoio da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Unicef, UNFPA e PADEF e diversas organizações da sociedade civil.
O trabalho voltado para a interiorização teve início em abril de 2018 e apenas refugiados e migrantes regularizados, imunizados, avaliados clinicamente e com termo de voluntariedade assinado participam das ações. Em função da pandemia de Covid-19, foram incluídas como critério também a testagem e vacinação contra o novo coronavírus.
Para além do trabalho de interiorização, a estimativa é de que, nos últimos cinco anos, mais de 700 mil venezuelanos tenham cruzado a fronteira com o Brasil segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo informações da Receita Federal, mais de 378 mil CPFs foram emitidos.
De acordo com estimativas da ONU, mais de cinco milhões de pessoas foram forçadas a sair da Venezuela em busca de melhores condições de vida nos últimos anos e o Brasil é um dos cinco destinos mais procurados.
Assessoria de Comunicação - Ministério da Cidadania