Notícias
Acolhida
Operação Acolhida coloca o Brasil na Presidência do comitê executivo do Comissariado para refugiados da ONU
Foto: Alexandre Manfrim/Min. Defea
Em votação ocorrida nesta sexta-feira (09.10), o Brasil foi o país escolhido para presidir o comitê executivo do Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). A embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo foi indicada pelo bloco dos países latino-americano e ficará no cargo por um ano.
É um reconhecimento por todo o trabalho que o país, de forma conjunta entre União, estados, municípios, sociedade civil e Agência da ONU, oferece aos imigrantes, desde a sua chegada ao país, regularização migratória, imunização, acesso aos serviços de saúde, educação, trabalho e benefícios socioassistenciais, em igualdade com os nacionais”
Niusarete de Lima, coordenadora do Subcomitê Federal de Acolhimento
Esta é a primeira vez que um brasileiro ocupa a presidência do comitê executivo do Comissariado para Refugiados. No discurso que fez em Genebra, na Suíça, Maria Nazareth falou da parceria brasileira com a Acnur e destacou o caráter inovador e decisivo da Operação Acolhida. A ação, comandada pelo governo brasileiro, dá nova chance de vida a venezuelanos que fogem das péssimas condições sociais e econômicas do país impostas pela ditadura bolivariana de Nicolas Maduro.
A coordenadora do Subcomitê Federal de Acolhimento, Niusarete de Lima, ressaltou que a eleição do Brasil para a presidência do conselho executivo do ACNUR traz orgulho e, certamente, fortalecerá as ações conjuntas que já vêm sendo desenvolvidas em prol da acolhida de imigrantes, principalmente os oriundos da crise humanitária da Venezuela. “É um reconhecimento por todo o trabalho que o país, de forma conjunta entre União, Estados, Municípios, sociedade Civil e Agência da ONU, oferece aos imigrantes, desde a sua chegada ao país, regularização migratória, imunização, acesso aos serviços de saúde, assistência social, educação, trabalho e aos benefícios socioassistenciais, em igualdade com os nacionais”, afirmou.
A Operação Acolhida é uma força-tarefa humanitária, coordenada pelo Governo Federal, composta por 11 ministérios, com apoio de agências da ONU e de mais de 100 entidades da sociedade civil, para oferecer assistência emergencial aos migrantes e refugiados que entram pela fronteira com Roraima. O Governo Federal já investiu R$ 1,3 bilhão no financiamento de logística, estrutura, segurança, ações em saúde, educação, direitos humanos e assistência social.
Ao todo, são 42.496 refugiados venezuelanos que foram interiorizados e hoje contam com novas oportunidades em 608 municípios brasileiros. As cidades que mais receberam os novos moradores foram Manaus (4.827), São Paulo (2.793) e Curitiba (2.638). Desde o início de 2020 foram interiorizados mais de 15,2 mil venezuelanos, o que representa um investimento do Governo Federal de mais de R$ 630,9 milhões. As ações não pararam nem durante a pandemia de Covid-19.
O Ministério da Cidadania, responsável pela coordenação do Subcomitê Federal para Interiorização e do Subcomitê Federal para Acolhimento, investiu R$ 80 milhões entre março e julho para promover ações socioassistenciais e inclusão socioeconômica dos migrantes e refugiados venezuelanos. Para o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, os bons números da iniciativa comprovam que a Operação Acolhida é um verdadeiro sucesso. “O governo do presidente Jair Bolsonaro não mede esforços para devolver a dignidade e a esperança que foram tirados dos venezuelanos”.
A parceria com o Acnur, desde o início da Operação Acolhida, por meio de Acordo de Cooperação Técnica, tem permitido uma acolhida com respeitos aos direitos humanos com ações de proteção e de inclusão social, não apenas na fronteira do Brasil com a Venezuelana, mas também, em outras unidades da federação para onde os migrantes e refugiados são interiorizados.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania