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Alimentação saudável e cuidados na primeira infância são temas de oficinas de seminário no Paraguai
"Oñemitÿ ha oñemitÿ mitãrusukuérape deseo ha'évo profesional porã". Na tradução do guarani, "semear e cultivar nos jovens a vontade de ser bons profissionais". Assim começou a fala da engenheira Rosana Ortiz, que conduziu a oficina de hortas sensoriais inclusivas no segundo dia do Seminário Internacional y VIII edición del Encuentro Taller Desarrollo Saludable en Entornos Libres de Violência, no Paraguai.
A quinta-feira (5.09) foi marcada pelas saídas de campo. Os participantes do seminário visitaram, conheceram e compartilharam conhecimentos com a população de Coronel Oviedo, cidade onde ocorre o evento.
Durante a discussão sobre desenvolvimento de uma alimentação saudável no curso de boas práticas de alimentação, na construção de brinquedos lúdicos para desenvolver as habilidades das crianças na primeira infância, na contação de histórias para alunos da pré-escola ou no plantio de mudas de verduras, por todos os lados se ouvia guarani.
O guarani é falado por praticamente toda a população paraguaia. E o que mais se via nas diversas oficinas eram os participantes interagindo e trocando experiências na língua dos povos originários da terra.
Explosão de sabores
Frutas, verduras, ovos, grão de bico, enfeitavam a bancada da cozinha. A alimentação saudável foi o tema da oficina que iniciou o dia na cozinha que pertence à associação de mulheres e empreendedoras de Coronel Oviedo.Para a participante Glória Chena integrar a oficina de comida saudável foi fundamental para aprender mais sobre Desenvolvimento Sustentável na Primeira Infância.
"A sensação é de empoderamento e aprendizado", afirmou outra participante.
A chef de cozinha e empreendedora, Angélica González, destacou a importância das organizações da sociedade civil. "Sou da associação de mulheres empreendedoras de Coronel Oviedo que faz artesanato em couro, cerâmica, bordados, resina. Aqui temos uma galeria para expor nosso trabalho e, para o seminário, preparei um material para compartilhar com os participantes sobre gastronomia saudável".
Na oficina que discutiu o trabalho de cuidados, um dos temas debatidos foi "porque só a mamãe tem que cuidar dos filhos?". Para os integrantes dos debates, o grande desafio foi discutir como dividir esse trabalho de cuidados com os jovens participantes.
Outra experiência exitosa ocorreu no Centro de Apoio à Educação Inclusiva e Social. No curso de hortas sensoriais, foi revitalizada a horta do local que produz alimentos para os alunos que frequentam o local.
A oficina de contação de histórias escolheu uma escola de educação infantil para proporcionar a experiência de compartilhar com crianças de até 4 anos o projeto "Conta um conto".
No fim do dia, os participantes das oficinas se reuniram para compartilhar as experiências. "A sensação é de dever cumprido. Nunca deixem de ousar, semear conhecimento é garantir uma boa colheita", concluiu Rosana Ortiz.
Assessoria de Comunicação - MDS