Notícias
Primeira Infância
Oficina reúne especialistas no Paraguai para debater boas práticas parentais para crianças de 0 a 3 anos
As fronteiras geográficas não significam obstáculos para as trocas de boas experiências, sobretudo entre países com características semelhantes entre seus povos, história e cultura. Nesta semana, de 26 a 29 de fevereiro, no vizinho Paraguai, em Ciudad del Este, a Oficina de Aprendizagem Intercultural reuniu técnicos de educação infantil do Paraguai e do Brasil para debater boas práticas, desafios e acertos nas políticas da primeira infância. O encontro ocorreu no âmbito do Projeto de Cooperação Triangular Brasil, Alemanha e Paraguai, que visa a troca de experiências para fortalecer o trabalho com cuidadores para o desenvolvimento de crianças de 0 a 3 anos.
“Acredito que a experiência da gestão e a implementação do Programa Criança Feliz, incluindo nossos acertos e erros, podem muito contribuir para o desenvolvimento das ações de primeira infância do Paraguai”, lembrou o ministro Wellington Dias, em vídeo. “Neste momento, já se cumpriram 75% das ações previstas no plano de trabalho deste projeto voltado para a construção de políticas valiosas para a primeira infância”, completou.
O vice-ministro do Planejamento, Programas e Projetos do Paraguai, Juan Marcelo Fernández, exaltou e agradeceu a colaboração do MDS. “A cooperação com o Brasil nesse projeto nos dará fundamentos e (nos permitirá) adquirir valiosos recursos para que possamos desenvolver uma política pública integral para a primeira infância”, afirmou.
Também presente no evento, a cônsul-adjunta do Brasil em Ciudad del Este, Ana Maria Garrido, salientou a necessidade de uma cooperação interinstitucional. “É por meio do compartilhamento de práticas, saberes e experiências que poderemos avançar juntos na consecução dos objetivos”, disse.
Cooperação
A partir de pesquisas que evidenciam as habilidades críticas dos cuidadores, a cooperação técnica tem como área de intervenção o trabalho de cuidado na primeira infância no domicílio. Toda a abordagem é apoiada no afeto, na confiança e na atenção às necessidades que afetam o crescimento e o desenvolvimento saudável da criança. As visitas domiciliares são mediadas pelos técnicos do programa da primeira infância e promovem a melhoria das habilidades dos cuidadores e das condições para o crescimento e o desenvolvimento das crianças de 0 a 3 anos.
Desafios comuns
Alessandra Neri, coordenadora estadual do Programa Primeira Infância no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Criança Feliz, no Mato Grosso do Sul, também compartilhou suas percepções em fazer parte desse momento de trocas. “Estamos aqui com seis municípios de fronteira com o Paraguai, municípios que têm uma cultura muito próxima à paraguaia. Muito do que vimos aqui, das atividades realizadas no Paraguai, nós já passamos por esses desafios e podemos colaborar com a construção desse projeto”, declarou.
Para o educador itinerante do Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) 11 do departamento de Concepción, Mario Olazar, há semelhanças no trabalho desenvolvido em ambos os países. “Os desafios que estamos tendo ultimamente- quanto a chegar até a família, adentrar e ter a confiança, alcançar esse objetivo quanto ao desenvolvimento integral das crianças- eles (no Brasil) já atravessaram recentemente. Sentimos que esse trabalho conjunto é uma tarefa não somente local, do país, mas em nível internacional”, ponderou.
Assessoria de Comunicação - MDS