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Combate à Fome
Oficina intersetorial é mais um passo do MDS para tirar o país do Mapa da Fome
Com o objetivo de traçar estratégias para enfrentar o cenário atual de insegurança alimentar no Brasil, a Secretaria Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) realizou, nesta quinta-feira (13.04), uma oficina de trabalho para articular o aperfeiçoamento e a implementação do programa Brasil Sem Fome.
Vamos trabalhar muito. Estou bastante animado e confiante. Digo com toda a segurança que vamos tirar mais uma vez o Brasil do Mapa da Fome e do Mapa da Insegurança Alimentar e Nutricional”
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Em trabalho conjunto com a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), o MDS vai criar um plano para consolidar direitos da população e reconstruir vidas.
“Vamos trabalhar muito. Estou bastante animado e confiante. Digo com toda a segurança que vamos tirar mais uma vez o Brasil do Mapa da Fome e do Mapa da Insegurança Alimentar e Nutricional”, afirmou o ministro Wellington Dias, referindo-se à missão cumprida anteriormente em 2014.
Com o aumento dos índices de extrema pobreza nos últimos anos, a fome chegou a atingir 33 milhões de brasileiros, segundo estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), divulgado em 2022.
“Vamos dar as mãos e tirar muita gente da pobreza, da extrema pobreza. Precisamos fazer crescer a nossa classe média porque não somos um país qualquer. Somos um país forte e solidário. O sucesso de um país como o Brasil é bom para o mundo. Com democracia e muito trabalho, vamos atingir o nosso objetivo”, garantiu o ministro.
A oficina, que prossegue nesta sexta-feira (14.04), reúne uma série de propósitos voltados para o programa Brasil Sem Fome. Um deles é engajar os ministérios que fazem parte da Caisan na construção e na gestão do programa, mobilizando o governo para que as ações de combate à fome priorizem os grupos mais afetados, como mulheres negras, quilombolas, povos indígenas, população de rua e desempregados.
Ao sistematizar informações sobre ações que serão executadas pelos ministérios no Brasil Sem Fome, a oficina vai permitir a formulação integrada da estratégia norteadora de cada eixo, com a identificação dos instrumentos de execução e das interfaces. Esse trabalho vai subsidiar a elaboração do documento final e da minuta de decreto do Brasil Sem Fome, que será apresentado para avaliação do presidente da República.
“Devemos refletir e apresentar uma proposta muito robusta, de forma integrada, articulada, mobilizando outros poderes e a sociedade. Queremos pactuar, inclusive, o calendário do Brasil Sem Fome. Este é o momento”, definiu a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, Valéria Burity.
“Esperamos, dentro de uma semana ou duas, consolidar tudo o que sair da oficina e nos reunir com os comitês gestores dos eixos para consolidar o documento do Brasil Sem Fome. Depois disso, em maio, queremos apresentar a proposta para a Casa Civil, para a Presidência, com a aprovação das instâncias superiores”, projetou Valéria Burity.
Para a presidente do Consea, Elisabetta Recine, o diálogo e a articulação entre os envolvidos são extremamente importantes para o sucesso do trabalho. O secretário nacional de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, reforçou a necessidade de integração: “Como governo, precisamos mostrar que as saídas coletivas, solidárias, fraternas, são sempre melhores, mais estáveis, mais sustentáveis, mais adequadas do que as individuais”.
A secretária executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República, Maria Fernanda Ramos, destacou o momento de transformação do país: “Nossa ação imediata é construir um processo que consiga, de fato, transformar as estruturas presentes na sociedade brasileira, que tem marcas profundas”.
Cenário
Após sair do Mapa da Fome em 2014, o Brasil voltou a assistir, entre 2016 e 2021, ao aumento acelerado da extrema pobreza e da insegurança alimentar grave. Em relação à extrema pobreza, observou-se em 2021 um retrocesso ao nível de 16 anos atrás. Quanto à fome, o país chegou ao primeiro trimestre de 2022 com 15,5% de seus domicílios em situação de insegurança alimentar grave, índice 3,6 vezes maior do que o registrado em 2013.
Além de ser uma condição inaceitável, a persistência da fome está em contradição com o fato de o Brasil ser um dos principais produtores de alimentos no mundo, que ano a ano bate recordes de safra e de exportação.
O programa Brasil sem Fome busca a redução das desigualdades sociais, cuidando das pessoas por meio de ações sustentáveis e garantindo a produção e o acesso a alimentos saudáveis.
Assessoria de Comunicação – MDS