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No G20 Social, especialistas debatem o impacto do Bolsa Família na redução da mortalidade infantil
Foto: Danilo França/MDS
“Estar aqui hoje é muito relevante para mim, pois posso dizer que estou bem longe daquela realidade dos meus pais”, afirmou Lara Sampaio Pinheiro Freitas, embaixadora da Juventude da World YWCA, durante o painel sobre “As Desigualdades da Primeira Infância no Brasil”, realizado nesta quinta-feira (14.11), durante o G20 Social.
A jovem recifense de 27 anos relembrou que sua mãe teve que abrir mão da carreira profissional para se dedicar aos seus cuidados, buscando garantir um futuro melhor. Ela compartilhou a experiência da família na superação da pobreza e como ela viu o Programa Bolsa Família abrir portas para diferentes famílias que tiveram a oportunidade de ter uma vida diferente da geração dos pais.
O painel “As Desigualdades da Primeira Infância no Brasil” reuniu especialistas para discutir o papel crucial do programa no combate às desigualdades na primeira infância e os desafios que persistem na garantia dos direitos das crianças.
A secretária nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Eliane Aquino, falou durante o painel sobre a importância do Bolsa Família como ferramenta de combate à fome e à insegurança alimentar, especialmente na primeira infância.
“O programa é uma fortaleza para a economia, pois a circulação de recursos aquece o mercado e melhora a vida de crianças, jovens, adolescentes e mulheres", afirmou. Eliane Aquino também ressaltou o reconhecimento internacional do programa, que tem sido replicado e pesquisado por outros países.
A pesquisadora da Universidade Federal da Bahia e do Núcleo Ciência para a Infância, Dandara Ramos, apresentou dados que comprovam a efetividade do Bolsa Família na redução da pobreza e da mortalidade infantil. “Expandindo essas políticas até 2030, podemos reduzir quase 150 mil óbitos infantis”, afirmou.
Dandara Ramos defendeu a necessidade de políticas intersetoriais que, além da transferência de renda, promovam o acesso à saúde, educação e outros direitos sociais, e alertou para a persistência das desigualdades raciais, enfatizando a importância de ações direcionadas às famílias mais vulneráveis, considerando a interseccionalidade de raça, pobreza e território.
Assessoria de Comunicação - MDS