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Desenvolvimento Sustentável
Ministro Wellington Dias defende aumento da capacidade de investimento para superação da pobreza
Em participação no Fórum de Brasília, nesta quarta-feira (22.11), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome defendeu o equilíbrio fiscal, mas sem comprometer a capacidade de investimento do país. Wellington Dias citou o Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) como um exemplo de instrumento que impulsiona a economia.
Claro que tem que ter o compromisso com o equilíbrio fiscal, mas sempre uso a frase: ‘não matando a galinha dos ovos de ouro’, não perdendo a capacidade de investimento"
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
“Claro que tem que ter o compromisso com o equilíbrio fiscal, mas sempre uso a frase: ‘não matando a galinha dos ovos de ouro’, não perdendo a capacidade de investimento. Há pouco, o presidente Lula lançou mais uma etapa do Minha Casa, Minha Vida, que resolve o problema da moradia e também é um fator econômico”, defendeu o titular do MDS.
Para ele, as reformas, a exemplo da Tributária, são fundamentais. “A queda dos juros também ajuda, com menos encargos da dívida interna, a garantir não só equilíbrio fiscal, como uma maior capacidade de investimento”, analisou.
O ministro ainda traçou a trajetória da saída do país do mapa da fome de 2003 a 2014. Programas de transferência de renda e segurança alimentar, aliados à valorização do salário mínimo e ao crescimento do emprego foram apontados como alicerces para que o Brasil tivesse o maior número de pessoas saindo da pobreza e entrando na classe média de sua história.
“Quando você coloca o critério de reajuste do salário mínimo com base no crescimento do PIB, você tem uma base real, que impulsiona a própria economia, não só para quem ganha salário mínimo”, acrescentou Wellington Dias.
O estudo Cash Transfers and Formal Labour Markets – Evidence from Brazil, publicado pelo Banco Mundial em setembro de 2023, apontou que o Programa Bolsa Família produz efeitos indiretos positivos na atividade econômica local. A cada dólar investido no programa, são gerados outros 2,16 dólares na economia.
“Outra pesquisa, feita pela FGV, aponta que 64% dos filhos do Bolsa Família saíram da pobreza e o principal fator foi a educação. A pobreza precisa ser tratada de forma integral, não é só alimento e renda”, prosseguiu o titular do MDS, que ainda detalhou o quadro em que a atual gestão do presidente Lula encontrou o país.
“A gente assume novamente com inflação alta, juros altos, baixa capacidade de investimento, dessa vez com endividamento interno grande. O desafio é o da reconstrução”. Além disso, o ministro pontuou que há novos desafios colocados pelo contexto global de guerras e mudança climática. “Abri o ano visitando o Rio Grande do Sul com seca, duas vezes ciclone, voltarei agora com enchente. Num mundo com mudanças climáticas e situação de crise global, nossa aposta é ampliar os investimentos”.A partir de 2023, o Governo Federal retomou uma série de políticas para a redução da pobreza e combate à fome com o objetivo de retirar novamente o país do mapa da fome e promover o desenvolvimento sustentável.
O Programa Bolsa Família voltou a ter o núcleo familiar como estrutura, com foco especial na primeira infância, o Programa de Aquisição de Alimentos, que praticamente fora extinto, é um importante mecanismo de garantia da produção dos agricultores familiares e abastecimento de equipamentos públicos que fornecem alimentação a quem mais precisa.
“E, agora, damos um passo a mais com a inclusão socioeconômica para a redução da pobreza. Estamos fazendo um casamento entre o setor público e privado, focando no Cadastro Único. Ali temos um tesouro”, prosseguiu Wellington Dias, revelando que mais de 2,5 milhões de pessoas cadastradas têm ou estão cursando o ensino superior.
O ministro ainda defendeu o Cadastro Único como ferramenta para seleção do público atendido em novos projetos. “Acho que teremos crescimento do PIB e, claro, casando o social com o ambiental. Que tal se a gente for lá no Cadastro Único e selecionar os mais pobres e pagar por serviço ambiental? Coletar semente, plantar para que o Brasil tenha um saldo positivo nessa área florestal”, propôs.
“Ao recuperar áreas degradas, plantar florestas produtivas, no Piauí com caju, manga, cajá e outras frutas, no Amazonas com açaí, guaraná, castanha, enfim, ter de um lado uma nova floresta e do outro um impacto socioeconômico positivo”, completou o titular do MDS, que concluiu sua participação com uma mensagem de otimismo: “É só um começo, mas estou animado, vamos tirar o Brasil do mapa da fome e vamos fazer isso com crescimento econômico e responsabilidade ambiental”.
Assessoria de Comunicação - MDS