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Ministro Osmar Terra recebe representantes do setor de empresas exibidoras de cinema
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o secretário Especial da Cultura, Henrique Pires, receberam na tarde desta segunda-feira (1º), o presidente da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex – Abraplex, Marcelo Bertini, o presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras de Cinema – FENEEC, Ricardo Difini, e Luiz Gonzaga Luca, presidente da Cinépolis. Na pauta, a apresentação dos novos membros da Abraplex, as medidas de acessibilidade para as salas de cinemas no Brasil e a Cota de Tela.
Com o setor 100% representado na reunião, Marcelo Bertini, da Abraplex, que congrega mais de 60% das salas exibidoras no país, apresentou preocupação com os pequenos e médios exibidores em atender a norma da Ancine (Agência Nacional do Cinema), que exige a acessibilidade nos cinemas brasileiros. A Instrução Normativa nº 128, de 2016, da Ancine, prevê a disponibilização de recursos de legendagem, legendagem descritiva, audiodescrição e Libras em todo o parque exibidor. Em junho, as grandes exibidoras deveriam estar com 15% das salas adaptadas. Em setembro, essa obrigação será de 35% das salas para os grandes grupos exibidores e 30% das salas para os pequenos exibidores. Até janeiro de 2020, 100% das salas devem ser acessíveis.
Marcelo Bertini afirmou que 15% das salas de cinema dos maiores grupos exibidores já estão adaptadas a nova realidade, mas os pequenos exibidores precisam da ajuda do Governo Federal por meio de financiamento, já que cada sala precisaria de um investimento de R$ 20 mil a R$ 30 mil para se adaptar e o prazo, setembro, já está apertado para eles. “A nossa preocupação maior, mais imediata, é para os pequenos e médios, nós acreditamos que eles têm mais dificuldades em ter uma fonte de financiamento, uma vez que o investimento é bastante significativo”, explicou Bertini.
Ao todo, os pequenos exibidores representam cerca da metade das 3.356 salas de cinema espalhadas por todo o país, que são administradas por cerca de 250 empresas. Paulo Celso Lui, presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográfica do Estado de São Paulo, acredita que sem financiamento, os empresários não darão conta de atender à legislação. “Se a gente pegar aquele pequenininho que está nas cidades menores, ele necessita. Sem o financiamento ele não vai sobreviver. Essa é a minha leitura”, explicou Lui. “O mesmo cara lá, com duas salas, tendo que investir R$ 60 mil hoje, para ele é dinheiro demais. Se ele não tiver fomento, a gente corre o risco de, de repente, essas salas de cidades menores, infelizmente, venham a desaparecer”, alertou.
O ministro Osmar Terra se comprometeu em ajudar, via bancos públicos, os pequenos exibidores de cinema. “Vamos nos empenhar nisso, acho que a gente consegue. Vou falar com o BNDES, Caixa Econômica Federal e outros agentes que possam ajudar. Em uma semana a gente dá uma resposta para vocês”, respondeu o ministro.
Osmar Terra aproveitou para anunciar que o Ministério da Cidadania está empenhado no projeto Estação Cidadania. Ele explicou que nesses espaços a população poderá encontrar os serviços oferecidos pela Assistência Social e os que já são prestados nos Centros de Artes e Esportes Unificados (CEU) e nos Centros de Iniciação ao Esporte (CIE). “A nossa intenção é chegar no final do nosso governo com 250 a 300 Estações da Cidadania. Em todas, nós vamos colocar o cinema e vamos equipar com equipamentos todos digitais e deixar uma estrutura pronta”, encerrou o ministro.