Ministério da Cidadania promove oficina sobre o mapeamento de programas de prevenção ao uso de drogas

Como parte do processo de criação do Sistema Nacional de Prevenção ao Uso de Álcool e outras Drogas, o Ministério da Cidadania promoveu nesta terça-feira (29.06) uma oficina para apresentar um mapeamento feito dos programas de prevenção ao uso de drogas já existentes, tanto no Brasil quanto no exterior. O objetivo foi debater as experiências de sucesso e o que pode ser aplicado no país.

"Essa oficina faz parte da constituição do Sistema Nacional de Prevenção que estamos criando aqui no Governo Federal", afirmou o secretário nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred) do Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro Júnior. "A ideia é que esse sistema conte com a presença de todos os programas que estão sendo realizados pelo Governo Federal, além de programas realizados Brasil afora", acrescentou.

A ideia é que esse sistema conte com a presença de todos os programas que estão sendo realizados pelo Governo Federal, além de programas realizados Brasil afora"

Quirino Cordeiro Júnior, secretário nacinal de Cuidados e Prevenção às Drogas

O encontro virtual contou com a participação de representantes dos ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, da Justiça e Segurança Pública, da Educação e de órgãos como o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a Academia Nacional de Polícia (ANP) e a Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS) do Ministério da Cidadania.

"A prevenção precisa ser estruturada. Esse é o objetivo do Sistema Nacional de Prevenção, que  possibilitará a descentralização das ações, o mapeamento nacional e internacional de programas de prevenção com a melhor adequação ao cenário brasileiro, a seleção e adaptação de metodologias para a disseminação nacional, a criação de instrumentos de avaliação de critérios de qualidade, o aprimoramento da legislação sobre álcool e tabaco, além da transparência e ampla divulgação de ações e recursos da política pública de prevenção", explicou a diretora nacional de Prevenção, Cuidados e Reinserção Social do Ministério da Cidadania, Cláudia Leite.

"A ideia é que a gente possa identificar esses programas e colocá-los à disposição para trabalharmos na disseminação de iniciativas de prevenção baseadas em evidências e em diretrizes internacionais", completou o secretário nacional.

A apresentação do mapeamento foi realizada por Zila Sanchez, professora de epidemiologia do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo, e que trabalha na área de uso e abuso de drogas, com foco na prevenção e na avaliação de programas governamentais. A pesquisadora mostrou quais foram as iniciativas identificadas, a metodologia utilizada e como exemplos internacionais poderiam ser incorporados ao Sistema Nacional.

“Os melhores programas são os que ensinam o adolescente para que, quando ele tiver uma oferta (de drogas), saiba o que dizer e como se posicionar, já alertando sobre todas as sensações que ele vai ter nesse momento, qual é o sentimento que vem no momento da oferta, da dúvida. Isso chama a atenção nos programas que aparecem no topo, que têm essa característica também de habilidade não só de resistência a drogas, mas também de resistência à influência de pares", destacou Zila.

Para Vera Borges, representante da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, outra preocupação é com as novidades que vêm surgindo, como o cigarro eletrônico e o narguilé. "São outras formas que estão chegando precocemente para crianças e adolescentes. São preocupações que precisamos considerar", disse.

"Temos hoje uma janela de oportunidades ampla. Temos a oportunidade hoje de trabalhar frentes que nunca foram trabalhadas, e aproveitando experiências de sucesso internacionais", ressaltou Miguel Carvalho, da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A oficina segue nesta quarta-feira (30), com a participação de outros órgãos, como o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a Embratur e o Ministério da Saúde, além da Senapred, do INCA e da ANP.

Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania