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Ministério da Cidadania e prefeitura do Rio de Janeiro se unem no tratamento e na prevenção ao uso de drogas
Rio de Janeiro/RJ - O Ministério da Cidadania e a Prefeitura do Rio de Janeiro vão estabelecer uma parceria para a promoção de ações de prevenção ao uso de drogas, de acolhimento e de atendimento a dependentes químicos na capital fluminense. Nesta quinta-feira (8), o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o prefeito Marcelo Crivella se reuniram na sede do governo local.
De acordo com o ministro Osmar Terra, em um primeiro momento, o governo federal apoiará o município no diagnóstico e na realização da estratégia de atendimento aos dependentes. Ele apontou que a parceria com o Rio de Janeiro tem o objetivo de dar um novo rumo no enfrentamento às drogas, com foco em resultados perenes.
“A ação básica é o município que faz. Nós viemos aqui para dar apoio e suporte e planejar, com o município conduzindo esse processo, as ações de longo prazo. Não vamos resolver nada de hoje para amanhã, nem nos próximos dias ter tudo resolvido”, apontou o ministro. Para Osmar Terra, a parceria é relevante para que os governos municipal e federal alcancem os objetivos da política de cuidados aos dependentes: “Atuando juntos, nos próximos meses vamos começar, gradativamente, a reduzir essa população que precisa de tratamento e que, às vezes, está lá porque não tem o tratamento, não tem oportunidade”, destacou.
Terra ressaltou que a ação contempla diferentes estágios do dependente químico. “Vamos mapear a oferta de leitos e de atendimento mais na parte emergencial, porque a internação involuntária é para a fase aguda, quando a pessoa está com uma confusão mental grande, em função do uso frequente e de grandes quantidades de droga”, disse.
A parceria ocorre no contexto de medidas já iniciadas pela prefeitura carioca. Na última segunda-feira, o prefeito Marcelo Crivella assinou um decreto que trata da internação involuntária de dependentes químicos que moram nas ruas da cidade. “É claro que essas pessoas agora precisam ser submetidas, de maneira compulsória, a um exame médico. Se perder o controle, se oferece riscos a si mesmo ou a outrem, isso diagnosticado pelo médico, nós vamos precisar fazer a internação, fazer a desintoxicação e torcer para que depois eles queiram acolhimento para um tratamento de longo prazo”, afirmou o prefeito. Crivella ressaltou que as medidas tomadas se integram à Lei sobre Drogas sancionada em junho deste ano e que as ações devem ser continuadas.
Comunidades terapêuticas - No Rio de Janeiro, o ministro Osmar Terra, acompanhado do secretário Nacional de Cuidados e Prevenção ao Uso de Drogas, Quirino Cordeiro, ainda se reuniu com representantes de comunidades terapêuticas que realizam o serviço de acolhimento e tratamento de dependentes químicos. Um deles é Márcio de Castro, presidente da Comunidade Terapêutica Valente de Davi, em Campo Grande (RJ). Com a própria história de vida, ele indicou o quanto é importante o apoio governamental na retirada das pessoas do mundo das drogas. “Eu sou um residente, um ex-tratado desta casa. Tem 20 anos agora que não uso mais drogas... Esse trabalho tem que se expandir pelo mundo inteiro”, afirmou, em demonstração de apoio à política do governo federal.
O ministro da Cidadania também participou, na agenda oficial, do Congresso Nacional e Internacional da Organização Não Governamental Amor Exigente, que reuniu famílias de usuários de drogas. A entidade, por meio de grupos de mútua ajuda, desenvolve ações que proporcionam mais equilíbrio e melhor qualidade de vida para os familiares.
Nova legislação -
A
Nova Lei de Drogas
foi sancionada em junho pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Entre as modificações, ela estabelece ações mais rígidas contra o tráfico de drogas, prevê a internação involuntária de usuários para desintoxicação e reforça o trabalho das comunidades terapêuticas.
A Política Nacional Sobre Drogas é desenvolvida em conjunto pelos ministérios da Cidadania, da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A pasta da Cidadania é responsável pelo tratamento de dependentes químicos com foco na estratégia da abstinência dos usuários.
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