Notícias
Agosto Verde
Mês da Primeira Infância entra na segunda semana de programação
A segunda semana do Mês da Primeira Infância teve início nesta segunda-feira (9.08) com uma série de eventos dedicados a refletir sobre como as crianças brasileiras atravessam os primeiros seis anos de vida. O ciclo de eventos começou no último dia 2 e se estenderá até o fim de agosto.
Temas como saúde mental materna, atenção em saúde, impactos do racismo no desenvolvimento infantil e até sobrecarga de cuidados durante a pandemia de Covid-19 serão debatidos ao longo da semana. As lives, webnários e conferências são realizadas diariamente, entre 9h e 18h e transmitidas pelas redes sociais do Ministério da Cidadania.
Técnicos que atuam em projetos voltados à primeira infância de Rondônia, da Bahia, de Goiás e do Espírito Santo apresentarão a realidade e as experiências estaduais bem sucedidas. Além de servidores do Ministério da Cidadania e do Ministério da Saúde, também participarão representantes do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Andi Comunicação e Direitos, da Fundação Lego e da Comissão Externa de Primeira Infância da Câmara dos Deputados.
A programação da segunda semana do ciclo começou com a live “Infâncias Brasileiras”. A consultora da Fundação Bernard Van Leer, Úrsula Trancoso, destacou a importância de os setores responsáveis pelo planejamento urbano levarem em conta a presença das crianças.
Nas cidades, enfatizou Úrsula, elas estão mais expostas a acidentes de trânsito, situações de estresse, falta de atividade física e poluição do ar. Esse ambiente, no entanto, deveria estimular o encontro e a interação, as experimentações nos espaços públicos, ser adequado às escalas das crianças nos lugares frequentados por elas e ter uma mobilidade urbana que permita uma circulação mais segura. “Uma cidade que brinca, que acolhe, que cuida da criança pequena e possibilita seu desenvolvimento é uma cidade cuidadora”, afirmou.
O educador e brincante Antônio Roque Juaquim, o Roquinho, reforçou que todas as crianças estão unidas por algo em comum: o brincar. Segundo ele, a brincadeira é um ato pedagógico e ajuda os meninos e meninas a cumprir etapas. Ele defende que as crianças de áreas rurais, criadas na simplicidade da natureza, podem contribuir com uma visão mais plena sobre a vida. “As crianças do interior estão aguardando para inspirar os moradores das cidades na construção de uma vida mais comunitária, solidária e próxima”, acredita.
Representando a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) do Pará, o sociólogo Luiz Carlos Figueiredo abordou a questão da infância nas comunidades tradicionais. Segundo ele, é preciso garantir uma atuação intersetorial que envolva saúde, educação, assistência social, entre outras, para assegurar o pleno desenvolvimento das crianças.
A Secretaria paraense realizou um estudo sobre a atuação da proteção social junto aos povos indígenas, em especial das regiões do Xingu e do Araguaia. Antes de iniciar as ações, os visitadores do Programa Criança Feliz receberam capacitações especiais. “É preciso preservar o meio ambiente e fazer uso constante dele na primeira infância, estimular uma convivência plena e saudável com a natureza e garantir o direito de viver e expressar a cultura indígena”, salientou.
A principal política de promoção dos direitos da primeira infância no Brasil é o Criança Feliz. Referência internacional, o maior programa de visitação domiciliar do mundo já promoveu mais de 48 milhões de visitas, com 1,3 milhão de crianças e gestantes assistidas.
Para acompanhar a programação de eventos do Mês da Primeira Infância, acesse o link.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania