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Mercado garantido e preço justo mantêm agricultores familiares no campo
Brasília - Os agricultores familiares Marcos Oliveira, Francisco Batista e Deuzir Leite estão muito entusiasmados com a oportunidade que as vendas para os órgãos públicos têm gerado para os seus negócios. Os três fazem parte da Cooperativa de Agricultores Familiares de Planaltina de Goiás e Região (ProRural), e comercializam seus produtos para diversos quartéis do Exército e da Aeronáutica no Distrito Federal por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Em três anos, a cooperativa quase triplicou a quantidade de produtos vendidos para este público, além de ter garantido mercado do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em Brasília e em cidades goianas.
Marcos Oliveira, de 32 anos, trabalha na propriedade de oito hectares com mais dois irmãos e dois cunhados. Pimentão, tomate, abobrinha e vários outros produtos são colhidos todos os dias na chácara que foi quitada graças às vendas feitas aos órgãos públicos. Dependendo do período, por mês, a família já conseguiu ganhar 20 mil reais em vendas. Marcos lembra como era a vida antes de se reunir em cooperativa e conquistar as chamadas públicas do PAA.
“O PAA tem nos ajudado. Já comprei um carro e a prestação é paga com o que colhemos aqui. Estamos progredindo. Para quem não tinha nem uma bicicleta e hoje já estar com a chácara quitada, é muito bom. É um mercado garantido e que pega bastante. Agora mesmo me pediram mais de 50 caixas de tomate. Numa feira, por exemplo, para vender essa quantidade o agricultor vai ter dificuldade”, conta Marcos Oliveira.
Para Francisco Bezerra, de 46 anos, não tem tempo ruim. Nos cinco hectares em que mora, produz berinjela, maracujá, tomate e é o principal produtor de mandioca da cooperativa. Ele, junto com a esposa, dona Neide, entregam a mandioca descascada e pronta para ser preparada nos restaurantes dos quartéis de Brasília. Para ele, o preço justo tem sido o grande diferencial da compra institucional e o que o tem motivado a continuar na roça.
"Os atravessadores querem comprar pela metade do preço e vender pelo dobro. Dessa forma, judiava demais dos agricultores no preço. Mas, com a cooperativa melhora porque a gente, produzindo para entregar para o Exército e para a Aeronáutica, fica um preço razoável o ano todo”, explica Francisco.
Crescimento - O agricultor Deuzir Leite, de 40 anos, conta que as vendas públicas ajudaram a manter a produção, sem ter que diminuir por causa da crise econômica nos anos anteriores. Agora, ele já pensa em aumentar a produção para dar conta de atender a demanda pelas hortaliças que planta. “Antes, eu entregava só para o mercado. Agora, com essa demanda, estamos confiantes de que vão consumir o nosso produto e dá para aumentar minha plantação para poder ampliar o meu negócio”, disse o produtor rural.
Saiba Mais
Até sexta-feira (26), o governo federal celebra a Semana Nacional da Agricultura Familiar e o Ministério da Cidadania é um dos principais coordenadores de ações voltadas para este público, no acesso ao mercado institucional, entre elas o PAA que permite as compras de alimentos da agricultura familiar por órgãos públicos com dispensa de licitação, facilitando procedimentos e fortalecendo a economia local. Atualmente, por lei, ao menos 30% dos produtos obtidos para alimentação nas instituições públicas federais devem vir da agricultura familiar.
Cada agricultor pode vender até o limite de R$ 20 mil por ano para cada órgão comprador. Já para as cooperativas ou associações, o teto é de R$ 6 milhões ao ano.
Para acompanhar as chamadas públicas abertas em todo o País, basta acessar o portal
comprasagriculturafamiliar.gov.br
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*Por André Luiz Gomes
Informações sobre os programas do Ministério da Cidadania:
Central de Relacionamento - 121
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