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Desenvolvimento Social
MDS realiza debate sobre monitoramento e avaliações sensíveis à raça
Foto: André Oliveira / MDS
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) realizou a “Sexta com Debate”, que trouxe como tema o “Monitoramento e Avaliação sensíveis à Raça”, por meio da Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad), na manhã desta sexta-feira (29.11), em Brasília.
O monitoramento e a avaliação sensíveis à raça avaliam como as políticas públicas estão chegando à população que tem menos acesso aos poderes de decisão, visando diminuir as desigualdades predominantes nas populações negras, quilombolas e de matrizes africanas.
Joana Costa, diretora de monitoramento e avaliação da Sagicad, explicou que a mesa de debate é mais uma das atividades promovidas pelo MDS em referência ao dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra e do Zumbi dos Palmares. “Todo mundo tem o dever de fazer essa luta antirracista”, disse. “A gente tem que pensar nas políticas públicas sensíveis à raça para que sejam antirracistas”, completou.
A diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação, do Ministério da Igualdade Racial (MIR), Tatiana Dias, explicou que o trabalho de avaliação e monitoramento tem atuado como um processo de regulação das políticas públicas. “Para a gente fazer esse processo, precisamos desenhar o monitoramento não apenas quando a política está acontecendo. Mas especialmente antes, para ver como essa política vai beneficiar os negros, os quilombolas e os de matrizes africanas”, detalhou.
Para ela, é preciso identificar, ao longo da implementação dos programas, se estão sendo oferecidas políticas públicas atentas às desigualdades raciais. “Estamos falando do desenvolvimento do país. A gente tem que ser criativo e inovador para identificar como essas políticas estão atendendo”, concluiu.
Matheus Leal, coordenador-geral de Desenho de Avaliação e Análise de Impacto da Sagicad do MDS, defendeu que não se deve tratar as políticas públicas com neutralidade. “É preciso ir além da neutralidade e pensar na igualdade racial como um valor”, argumentou.
“Eu refleti sobre o dia da Consciência Negra e percebi o quanto é preciso pensar em caminhos de lutas para diminuir as desigualdades raciais”, enfatizou.
O presidente da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação (RBMA), Wesley Matheus, fez uma apresentação para explicar que o monitoramento deve ter um olhar que vá além dos dados apresentados. “É preciso também executar exercícios de escuta ativa com essas partes”, explica. Ele defende que outras variáveis importantes devem ser consideradas. “É importante que a avaliação retroalimente os projetos e políticas nas quais se debruça”, pontua.
O debate foi uma forma de fortalecer o dia 20 de novembro, data em que é comemorado o Dia da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares, e teve como finalidade avaliar meios que diminuam os abismos da desigualdade racial, fortalecendo as políticas públicas que se propõem a construir um Brasil mais justo e igualitário, além de garantir que essas ações atendam aos que mais precisam.
Assessoria de Comunicação - MDS