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MDS participa de solenidade de apresentação de reivindicações da Marcha das Margaridas 2023
Diversas pastas do Governo Federal participaram, nesta quarta-feira (21.06), de solenidade no Palácio do Planalto em torno da apresentação das reivindicações da Marcha das Margaridas 2023. A ação estratégica das mulheres rurais pede que sejam tomadas medidas concretas para a garantia dos direitos das mulheres do campo e da floresta.
A cada edição, a Marcha das Margaridas entrega um documento que contém as pautas de reivindicações, e exige reuniões para dialogar com a União. Neste ano, o evento será realizado nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília. A Marcha das Margaridas é considerada a maior mobilização de mulheres do campo e das cidades da América Latina. Em 2023, será realizada a sétima edição, e mais de 150 mil mulheres são aguardadas em Brasília.
São muito importantes a autonomia econômica, a inclusão produtiva, a segurança alimentar e nutricional, o combate à fome e a erradicação da pobreza. Dentro de tudo isso, nós temos um olhar especial voltado para as mulheres”
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou da cerimônia no Palácio do Planalto e manifestou apoio à pauta. “Vamos trabalhar com todos os eixos de forma integral", disse. "Estamos com todos os esforços voltados para dar uma vida mais saudável, de alimentação mais saudável. São muito importantes a autonomia econômica, a inclusão produtiva, a segurança alimentar e nutricional, o combate à fome e a erradicação da pobreza. Dentro de tudo isso, nós temos um olhar especial voltado para as mulheres”, lembrou o ministro.
O lema da marcha deste ano é "Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver" e a pauta de reivindicações foi construída em diversas reuniões pelo país, realizadas desde 2021, apresentando aquilo que as mulheres consideram necessário para “combater a violência sobre os nossos corpos” e para “efetivar programas, medidas e ações que contribuam para nossa autonomia econômica”, como explicou a coordenadora nacional da marcha, Mazé Morais.
“Representamos milhares de mulheres que enraízam a sua existência em uma diversidade de territórios rurais, mulheres que vêm de uma realidade bem difícil. Desempenhamos um importante papel na produção de alimentos saudáveis, aquela comida que chega, de verdade, na mesa do brasileiro. Somos fundamentais para a preservação da biodiversidade e para a conservação dos nossos biomas, somos guardiões dos saberes populares que herdamos das nossas ancestralidades”, destacou.
Mazé ressaltou ainda que as mulheres vivem “as piores condições de acesso à terra, aos territórios, à água, à renda, aos bens da natureza, à moradia digna, ao saneamento básico e aos serviços e equipamentos de saúde”. “Além de vivenciarmos diversas situações de violência, somos constantemente colocadas na invisibilidade social e política”, acrescentou.
Compromisso
De acordo com o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que fossem desobstruídos os canais de participação e de organização popular. "Ele recriou esse ministério para que fosse o endereço dos movimentos sociais aqui no Palácio. Aqui é a casa de vocês. Vamos nos debruçar na pauta para que sejam alcançados os sonhos, desejos e necessidades de todas as mulheres deste país", argumentou.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, assumiu o compromisso de dialogar com outras pastas. "Queremos ver a participação política das mulheres no campo, ou em todos os espaços em que vivemos. A marcha vem para fazer diferença no Brasil e eu vou trabalhar para garantir todas as respostas das reivindicações", explicou.
Também participaram da solenidade desta quarta-feira as ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima); Nísia Trindade (Saúde); Anielle Franco (Igualdade Racial); Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação); Daniela Carneiro (Turismo); e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), entre outros representantes e autoridades.
A marcha
A Marcha das Margaridas é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), com apoio de outras entidades sindicais. Participam camponesas, quilombolas, indígenas, cirandeiras, quebradeiras de coco, pescadoras, marisqueiras, ribeirinhas e extrativistas de todo o Brasil.
As pautas são orientadas por 13 eixos, entre os quais destacam-se o fortalecimento das trabalhadoras rurais; o protagonismo (e visibilidade) à contribuição econômica, política e social das mulheres do campo; a luta pelo aperfeiçoamento e consolidação das políticas públicas voltadas às mulheres do campo, da floresta e das águas; a vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional; e a autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda.
Assessoria de Comunicação — MDS, com informações da Agência Brasil e da Secom