MDS inaugura biblioteca Inovateca Simone Albuquerque

A história tinha sido trancada em caixas e itens acumulavam poeira, esquecidos no porão. Essa era a situação da antiga biblioteca do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). “No início do ano passado, o espaço  tinha sido desativado e tudo estava em caixas. Tudo estava jogado e desmontado”, lamentou a secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo. Mas o que estava empilhado, espalhado e desorganizado ganhou novo tratamento e destaque com a inauguração, nesta quarta-feira (4.12), da nova biblioteca Inovatec Simone Albuquerque, localizada no térreo do MDS.

Foto: André Oliveira / MDS

Os representantes da pasta uniram esforços para trazer a história de volta à luz, colocar os troféus e as memórias onde possam ser vistos, para que todos tenham a oportunidade de lembrar os obstáculos superados, as conquistas alcançadas e centenas de histórias de vida que foram modificadas graças às políticas públicas retomadas na atual gestão. “Quando você destrói a história e a memória, você destrói a possibilidade de pensar em um futuro melhor. Hoje, comemoramos porque conseguimos recuperar um espaço muito importante para todos nós”, celebrou Bartholo. 

O titular do MDS, Wellington Dias, participou da cerimônia de inauguração e enfatizou o empenho conjunto  de todas as equipes. “Este novo espaço é fruto do trabalho de muita gente. Estou feliz por estar aqui e quero agradecer a todos que ajudaram nessa reconstrução. Que, a partir daqui, a gente possa ir aperfeiçoando cada vez mais”, afirmou.

Para trazer vida à biblioteca Inovateca Simone Albuquerque, o MDS contou com o apoio da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e da Universidade de Brasília (UnB). “Agora que estamos em um governo de união e reconstrução, o resgate dessa história é muito simbólico e mostra o movimento do governo para reconstruir esse país e nossas políticas sociais. A Enap fica muito feliz de participar deste momento de reconstrução”, disse a presidenta da Enap, Betânia Lemos. 

A reitora da UnB, Rozana Naves, lembrou que a inauguração deste novo espaço é de fundamental importância e mostra um momento de reconstrução do país. “Em cada obra catalogada, existe uma história. O nome Inovateca nos traz uma perspectiva de futuro. A reconstrução de uma biblioteca é um evento de humanidade”, avaliou.

O espaço é aberto ao público, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h.

Acervo

Biblioteca do MDS antes da reconstrução (Foto: André Oliveira / MDS)

O acervo conta com pesquisas, avaliações e documentos que acompanham a criação e evolução dos programas do ministério ao longo dos anos. Para a secretária nacional da Política de Cuidados e Família, Laís Abramo, que foi diretora da divisão de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), os materiais servem de referência em muitos outros países.

“Era um momento que as políticas desse ministério eram referência para a cooperação Sul-Sul, para a criação de base de dados, como as que estão na sede da Cepal, em Santiago, no Chile. Destruir ou não cuidar direito desse material é um grande problema, porque isso é a história da política social do Brasil. Não é um tema de um governo é um tema do Estado”, comentou Abramo ainda no ano passado, ao se deparar com a biblioteca abandonada.

O MDS foi historicamente considerado inovador, com muita capacidade de formulação e debates das políticas públicas, conforme relataram as secretárias. A pasta foi a primeira a ter uma área específica para avaliação e monitoramento de suas políticas.

Homenagem

A Inovateca Simone Albuquerque está localizada no térreo do MDS e parte dos arquivos também será disponibilizada virtualmente. O nome é uma  homenagem à servidora do MDS que faleceu em 9 de outubro de 2023, quando ocupava o cargo de diretora do Departamento de Proteção Social Básica na Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS). No Governo Federal, ela ainda foi diretora do Departamento de Gestão do SUAS, assim como conselheira no Conselho Nacional de Assistência (CNAS), do qual era a vice-presidente na atual gestão como representante governamental.

Natural de João Monlevade (MG) e assistente social de formação, o início de sua atuação profissional foi no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, sua trajetória profissional está estreitamente vinculada à história da política pública de assistência social no Brasil desde a década de 1990, tendo participado ativamente da construção do SUAS em âmbito nacional e, em especial, em Belo Horizonte, município em que atuou em diversos cargos estratégicos no SUAS.

 Assessoria de Comunicação - MDS