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MDS e FGV estudam parceria na criação de indicadores sociais para medir a redução da pobreza e da extrema pobreza no país
Foto: Roberta Aline/MDS
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) estão estudando uma parceria para criar indicadores sociais capazes de medir a redução da pobreza e da extrema pobreza no país. Com esse objetivo, o ministro Wellington Dias se reuniu com representantes da FGV nesta quarta-feira (03.05), na sede da instituição, no Rio de Janeiro.
Durante a reunião, o ministro ressaltou a importância da parceria para alcançar as metas do governo de combater a fome e a insegurança alimentar e nutricional, reduzir a extrema pobreza e aumentar as oportunidades de emprego e empreendedorismo de forma integrada à educação.
“A Fundação Getúlio Vargas já é uma importante parceira do MDS, e trabalha com muita competência o social integrado com o econômico. Assim, acertamos hoje de ampliar a parceria para estratificação da gigantesca base de dados que temos do Cadastro Único”, explicou Wellington Dias. Segundo ele, o trabalho será integrado entre áreas do Governo Federal e o setor privado. “Queremos garantir dados e indicadores para acompanhamento dos efeitos do Bolsa Família aliado a outras políticas e, ainda, ajudar na eficiência das políticas para inclusão socioeconômica das pessoas em idade produtiva e que estão no Cadastro Único”, acrescentou.
Queremos garantir dados e indicadores para acompanhamento dos efeitos do Bolsa Família aliado a outras políticas e, ainda, ajudar na eficiência das políticas para inclusão socioeconômica das pessoas em idade produtiva e que estão no Cadastro Único”
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social
O ministro destacou ainda que o acompanhamento das informações será feito em todo o país. “Precisamos trabalhar com nossa base de dados, estratificação e planejamento, além de ferramentas para acompanhamento de cada região do Brasil por meio de indicadores da redução da pobreza, da extrema pobreza e das oportunidades econômicas em todas as regiões”, disse.
O presidente da FGV, Carlos Ivan, reforçou a importância do trabalho conjunto para enfrentar os desafios que o país tem pela frente, e ressaltou que o Brasil tem tudo para ser próspero. “Temos que trabalhar muito. Tenho a convicção de que o Brasil pode ser um país com muito mais oportunidades. Temos uma massa de recursos naturais, temos uma cultura, um clima bom, temos tudo para dar certo”, afirmou.
Além da criação dos indicadores sociais, o encontro abordou também a organização da base de dados existente e das informações, a classificação dos perfis dos públicos atendidos e como aprimorar a abordagem dos programas junto aos beneficiários.
Desenvolvimento
A FGV tem como missão promover o desenvolvimento econômico e social do país por meio da educação, pesquisa e consultoria em diversas áreas. O professor da instituição Luiz Gustavo Barbosa afirmou que a fundação tem como principal característica trabalhar números e indicadores em prol do desenvolvimento do Brasil, e que a parceria com o MDS contribuirá efetivamente para a redução da pobreza e da extrema pobreza e para a inclusão social.
“É uma satisfação nos reunirmos com o ministro Wellington Dias para desenhar uma parceria para criar os indicadores necessários, não somente para o monitoramento dos programas sociais, mas para ajudar no desenvolvimento de novas políticas e de políticas onde a gente consiga efetivamente contribuir com a redução da pobreza, da extrema pobreza e também para gerar inclusão social”, disse.
Reconhecida pela qualidade das pesquisas e dos estudos em diversas áreas, como economia, política, direito e gestão pública, a FGV é responsável por índices econômicos importantes, como o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Geral de Preços (IGP).
A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, avaliou que a formalização da parceria com a FGV será de grande contribuição para o Governo Federal, já que a instituição poderá ajudar a medir o impacto dos programas sociais, entender o perfil do público e potencializar as ações já existentes.
“No campo da fome, por exemplo, já estamos acompanhando a situação do estado nutricional de crianças de zero a cinco anos do Programa Bolsa Família. Em parceria com o IBGE, também aplicaremos a Escala Brasileira de Segurança Alimentar e Nutricional em uma pesquisa contínua, o que nos dará uma noção da situação a cada ano e de como estamos evoluindo”, explicou a secretária.
Também participaram da reunião o secretário nacional de Inclusão Socioeconômica, Luiz Carlos Everton, a assessora especial para Assuntos Parlamentares do MDS, Jane Cristina, o diretor de Projetos da FGV, Luiz Duque, o diretor adjunto de Projetos da FGV, Irineu Frare, o gerente executivo de Projetos da FGV, Luiz Gustavo Barbosa, o consultor Luiz Barretto e os pesquisadores Airton Puteiro e André Coelho.
Assessoria de Comunicação - MDS