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Segurança Hídrica
Mais de R$ 11 milhões em recursos do MDS viabilizam a construção de 490 barragens subterrâneas no RN
Foto: Mateus de Paula (Sape/RN)
Um convênio firmado entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o governo do Rio Grande do Norte está viabilizando a construção de 490 barragens subterrâneas em 77 municípios potiguares. O investimento de mais de R$ 11,3 milhões permitirá a implantação das tecnologias sociais de acesso à água para produção.
O processo será responsabilidade de três entidades sem fins lucrativos: a Associação de Apoio às Comunidades do Campo (AACC); a Cooperativa de Trabalho e Serviços Técnicos de Reforma Agrária (Cooptera) e; o Centro de Estudos e Assessoria Aplicados ao Desenvolvimento (CEAAD).
As barragens subterrâneas são tecnologias de água para produção muito eficientes, mas que precisam de requisitos técnicos específicos para a sua instalação. Por isso, essa oficina foi muito importante”
Camile Sahb, diretora de Promoção da Inclusão Produtiva e Acesso à Água do MDS
Como forma de garantir o êxito das obras, o MDS e o governo estadual promoveram, nesta semana, um curso sobre barragens subterrâneas, sob a coordenação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA).
Os encontros técnicos contaram com a participação dos responsáveis pelas entidades, bem como fiscais das obras, que são servidores da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) do Rio Grande do Norte. Foram realizadas atividades teóricas e palestras sobre tecnologias sociais e programas de políticas públicas para promoção da convivência com o Semiárido brasileiro.
Também foram tratados temas como a importância das barragens subterrâneas para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, além de diretrizes para a seleção de local e solo apropriado para implantação da barragem subterrânea, etapas de construção, entre outros assuntos.
“As barragens subterrâneas são tecnologias de água para produção muito eficientes, mas que precisam de requisitos técnicos específicos para a sua instalação. Por isso, essa oficina foi muito importante para cumprirmos a meta de fazer chegar água para essas famílias, promovendo segurança alimentar e geração de renda”, avaliou Camile Sahb, diretora de Promoção da Inclusão Produtiva e Acesso à Água do MDS.
Além das atividades teóricas, uma visita técnica no município de Poço Branco (RN) oportunizou a construção coletiva de conhecimentos por meio da observação de experiências reais com a tecnologia de barragem subterrânea na região.Para o secretário de estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Guilherme Saldanha, o curso é um passo importante na execução do projeto. “Além de oferecer conhecimento aos participantes do curso, esta é uma forma de garantir a eficiência de todo o investimento financeiro, o que demonstra uma responsabilidade com os recursos públicos e é o resultado de um bom planejamento”, explicou o gestor.
Em outubro, estão programados encontros de imersão na parte prática do processo de construção das barragens, quando serão construídos modelos reais de barragens subterrâneas em local que ainda será definido.
Após o período prático do curso, está previsto o início das obras, que seguem até junho de 2025. Esse é o prazo estipulado para que todas as barragens tenham sido entregues.
Barragem Subterrânea
A barragem subterrânea é uma tecnologia social de acesso à água, que ajuda a capturar e armazenar água da chuva para melhorar a disponibilidade de água em áreas secas. Sua estrutura ajuda a armazenar água da chuva em regiões secas. O objetivo é reter a água e aumentar o nível do lençol freático, que é a camada de água subterrânea. Isso ajuda a melhorar a disponibilidade de água no solo, o que é especialmente importante em regiões secas.
A barragem é colocada em locais onde a água das chuvas tende a escoar, como em córregos e riachos temporários. Ela retém a água da chuva que passa por cima e infiltra-se no solo. É feita escavando uma vala no chão até chegar em uma camada de rocha impermeável. Em seguida, coloca-se uma manta de plástico flexível nessa vala.
Assessoria de Comunicação - MDS, com informações da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca - Sape/RN