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Primeira Infância
Live debate a importância da saúde mental materna na primeira infância
A saúde mental materna e a importância de uma rede de apoio ao núcleo familiar para o melhor desenvolvimento da criança nos primeiros meses de vida foram o tema de uma Live realizada nesta quarta-feira, 26.01, pela Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania (SNAPI). O evento contou com a participação da secretária da SNAPI, Luciana Siqueira, e da psicóloga Thayana Aguillera.
No Criança Feliz, os visitadores têm papel fundamental de terem o olhar para a criança e para o ambiente em que ela está crescendo. Além das atividades, eles podem perceber que algo não está bem e, junto com os supervisores, realizarem o encaminhamento da mãe ou da família para um auxílio psicológico na rede”
Luciana Siqueira, secretária nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania
Segundo a psicóloga, existe uma imagem social idealizada da perfeição do parto e do momento da amamentação, além de uma romantização social do cansaço da mãe. Thayana lembrou que há muitos casos de mães que sonham com um parto natural e, por complicações, acabam realizando uma cesárea, e que em diversos casos a amamentação se torna um desafio.
“Temos que lembrar que a mãe está vivendo um momento único, lidando com a chegada do bebê, com uma explosão de hormônios e com mudanças do próprio corpo. Por isso é importante que o pai, avós e pessoas próximas formem uma rede de apoio consistente para que a mãe não fique sobrecarregada”, disse Thayana.
A psicóloga ressaltou ainda que, em função das cobranças sociais e do alto nível de atenção que o bebê demanda, a mulher pode ficar suscetível a sintomas depressivos e a episódios de ansiedade. “Para evitar isso, a mãe precisa ter um tempo para ela: conseguir tomar um banho relaxante, dormir bem, se alimentar de maneira saudável. Todos devem ficar atentos a isso, pois a mãe precisar estar bem física e psicologicamente”, ressalta a psicóloga.
A secretária Luciana destacou na conversa o Programa Criança Feliz, do Governo Federal, em que visitadores realizam atividades com os cuidadores e com as crianças dentro das residências de forma frequente. O intuito é estimular o desenvolvimento na Primeira Infância e fortificar os laços parentais do bebê com a família.
“No Criança Feliz, os visitadores têm papel fundamental de terem o olhar para a criança e para o ambiente em que ela está crescendo. Além das atividades, eles podem perceber que algo não está bem e, junto com os supervisores, realizarem o encaminhamento da mãe ou da família para um auxílio psicológico na rede”, explicou Luciana.
O programa abriu 2022 com mais um marco em sua trajetória e superou 1,3 milhão de famílias visitadas. São 1,2 milhão de crianças e 313 mil gestantes que já tiveram acompanhamento, num total de 1,55 milhão de pessoas. Ao todo, 2.874 municípios nas cinco regiões do país registram atualmente presença de equipes de visitadores. No somatório desde 2017, quando o programa foi instituído, são 58,3 milhões de visitas domiciliares registradas.
A secretária reforçou a importância da Live e de conversas sobre a temática da Primeira Infância para a disseminação de conceitos e conhecimentos. “É essencial que todos tenham a consciência da importância da saúde mental da mãe neste momento. Ela não pode estar sozinha”, destacou.
Para concluir, Thayana alertou para sinais que devem ser observados. “Podemos ficar atentos ao histórico da mulher, como é sua relação com a mãe, com a maternidade, como foi a sua criação, se existe violência doméstica em casa ou se ela já teve episódios de depressão e ansiedade”. De acordo com ela, a mãe precisa se sentir segura consigo e com o filho, e a maternidade é uma construção. “A família, a rede de apoio, têm de fortalecer a mãe. E isso vai influenciar positivamente no desenvolvimento físico e psicológico do bebê, na construção de vínculos”.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania