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Grupos Anônimos que auxiliam na recuperação de dependentes químicos são homenageados pelo Ministério da Cidadania
Brasília/DF - Os grupos Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos e os grupos de mútua ajuda para os familiares dos dependentes químicos, Al-Anon e Nar-anon, foram homenageados pelo Ministério da Cidadania nesta quinta-feira (7), em Brasília. As entidades receberam uma declaração de reconhecimento ao trabalho desenvolvido no apoio ao tratamento e no atendimento a dependentes químicos e a suas famílias.
Na cerimônia, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, ressaltou a que o País vive uma grave epidemia em relação às drogas. Ele apontou que todo esforço é necessário para reforçar a política de abstinência dos usuários de entorpecentes. “Vocês fazem um trabalho maravilhoso sem receber nada do Estado. Vocês se organizaram em grupos de autoajuda, com as igrejas, com as comunidades terapêuticas. São muitas pessoas que são salvas pelo esforço de não dar o primeiro gole a cada dia, não usar a droga a cada dia. É uma doença crônica. As pessoas não conseguem controlar isso e precisam do apoio e da família”, ressaltou o ministro.
O secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro, apontou que estes grupos caminham em sintonia com as diretrizes da Nova Política Nacional sobre Drogas. “O governo federal, desde o início deste ano, mudou de maneira importante a sua política pública sobre drogas buscando, no que diz respeito ao tratamento das pessoas com dependência química, a recuperação, a promoção da abstinência, e a manutenção da pessoa sem fazer uso de drogas. Neste novo contexto, o apoio e o suporte a grupos e entidades que trabalham efetivamente na recuperação das pessoas e na promoção da sobriedade se tornou um objetivo central do governo federal”, disse.
Narcóticos Anônimos
Os Narcóticos Anônimos (NA) foram criados em 1953, também nos EUA, com o objetivo de dar apoio à manutenção da sobriedade de dependentes de drogas. Atualmente, o NA nacional oferece mais de 4,5 mil reuniões semanais, em 1.646 grupos em diferentes localidades do País. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Narcóticos Anônimos, Teresa Oliveira, a iniciativa tem ajudado a salvar vidas. “Ter aquele ambiente novo, com pessoas que não estão utilizando drogas, com pessoas que têm uma maneira nova de viver e criando um grupo de amizade, isso é fundamental no início da recuperação de qualquer dependente químico”, explicou a presidente da associação.
A secretária-geral do Al-Anon, Nilce Totino, destaca que o reconhecimento do governo federal dará mais visibilidade ao trabalho desempenhado pelos grupos. “Assim, o maior número de pessoas pode ser ajudada na convivência com o alcoolatra, que é muito difícil. Seus efeitos na família e na sociedade podem ser, inclusive, amenizados com essa forma de encarar a doença da dependência química”, contou.
O psiquiatra e pesquisador Ronaldo Laranjeiras avalia que a cooperação dessas entidades já conquistou avanços consideráveis. No entanto, é necessário integrar este serviço a outras pastas do poder público. “O acesso à ajuda das pessoas sem recursos são os grupos de mútua ajuda. O grande desafio agora é de integrar de uma forma mais estratégica o sistema de saúde, para que possa ajudar, encaminhar e dar um amparo estrutural. É importante que haja uma sintonia entre a saúde, a parte educacional e da assistência social com o que já é feito há muitas décadas por estes grupos”, avaliou.
Saiba Mais -
Além do reforço destes grupos, o Ministério da Cidadania ampliou neste ano a quantidade de vagas financiadas em comunidades terapêuticas e atualmente repassa recursos para atendimento de cerca de 11 mil de pessoas em todo o país. Quantidade quatro vezes maior do que no ano anterior.
Também está no ar, nos meios de comunicação, a segunda etapa da Campanha de Prevenção ao Uso de Drogas do Ministério da Cidadania. Com foco especial para jovens de 14 a 18 anos, a ação “Você nunca será livre se escolher usar drogas” tem o objetivo de fazer um alerta sobre as consequências para quem decide experimentar qualquer tipo de droga, mostrando aos jovens que eles podem ter seu desenvolvimento prejudicado ou mesmo suas vidas interrompidas.
*Por André Luiz Gomes
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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